31 dezembro 2008

Agora, consciente

Início o ano de 2008 a convencer-me que seria um ano bom.
Sem grandes desejos. Mas cheia de crenças. Achava que ia correr bem. Só poderia correr bem. Não haveria muito mais para correr mal.
Entre o estado "a dormir" e o estado "dormente", passou-se o ano de 2008, aparentemente nada mudou.
MENTIRA.
Foi preciso tudo isto para sentir, chegar a este estado de poder e posse. É disto que se trata, não do que temos e conquistamos mas do que sentimos que temos e do que sempre esteve connosco.
Sim, sentir que tenho, que posso, que quero, que não quero, que desejo.

Sinto-me plagiada de mim e sei indiscutivelmente quem é o original.


Não há desejos a para 2009.

Há certezas.

Certeza do que recuperei. Do que sinto que recuperei.

28 dezembro 2008

A melhor forma de explicar isto seria comparar com um belo estado de embriagues consciente. Quando o vinho nos toca nos sentidos e o coração fica pertinho da boca, tão perto do prazer como da desgraça do "artista".

27.12.2008, 19:32h, EN219
Começa a nevar.
Brutal.
O espectáculo é indescritível. Nasci numa terra em que a neve é presente de Natal, mas nunca tinha feito uma viagem assim, é uma experiência violentamente bela. Tal como no estado de embriagues, fiquei tão eufórica que nem houve lugar à medição do risco.
Tal como acontece depois de beber um bom vinho, mais do que o necessário para degustar ou acompanhar uma refeição, fiquei com vontade de dizer o que fica ali, encravado, entre a boca e o coração.
Coloco o auricular do telemóvel e penso na pessoa com quem vou partilhar.
Penso no Rui. Talvez para lhe fazer uma declaração de amor eterna, mas insuficiente. Excluo.
Penso no Luís, e em partilhar algo que este lugar nos dá em comum. Excluo, iria achar desmesurado todo o meu entusiasmo.
Pensei na Luísa. Ela dir-me-ia "põe a merda das mãos no volante e vai atenta e vê se chegas inteira a casa" . Excluo.
Penso no Hugo. A conversa seria bem mais distractiva e perigosa que uma bela nevada em pleno Nordeste Transmontano. Excluo.
Ligo ao Pedro. Amigo incansável. Depois de desligar fiquei com a sensação de ele achou que eu tinha bebido.
Eu sei, a sensação é exactamente a mesma.

Pérolas de Natal II

Depois do pai nos ouvir falar interminávelmente das maravilhas da Bimbi, conclui:
Se meteres um par de meias usadas lá dentro, sairá uma bela fatia de queijo Brié.

Pérolas de Natal I

0 ºC (Zero graus Celsius).
Temperatura ideal: nem está frio nem está calor.

23 dezembro 2008

Dizem que é por causa do Natal



O encontro dos cinco é cá em casa. Festejamos o Natal. Os mesmos cinco de sempre. Desta vez na minha casa.
Estou aqui, entre o cheiro da lixívia e das rabanadas. Parece-me estar tudo em ordem para o olhar clínico da mãe, a practicidade do pai, as exigências pormenorizadas da mana e "eu quero é saber onde estão as prendas" do mano.
Família, Bom Natal.
Amigos, Bom Natal.
Aos outros, também.

21 dezembro 2008

Luxuosa

Viver é uma sorte.
Aproveitar é um luxo.
Saber viver é uma extravagância.

17 dezembro 2008

De estimação

Tal como nos amores, também os ódios são de estimação.
Dir-me-ão, Fica-te mal a palavra ódio, é feia. (sorrio) O que me fica mal, é não sentir.
Sou tão fiel nos amores como nos ódios.
Estimo, respeito, mimo, alimento-os, até morrerem de fartura. Até encontrar outros maiores.
Amores maiores matam os anteriores (não estou certa que os mate, mas fá-los entrar em coma profundo). Os ódios também. Vão-se substituindo, não se gastam substituem-se por outros melhores. Outros, sedentos de alimento.
Chamemos-lhe: alta fidelidade.

15 dezembro 2008

Fruta da época

Por qué cuando nos sonamos los mocos abrimos el pañuelo y miramos lo que hemos echado?
Qué esperamos encontrar? Berberechos?

14 dezembro 2008

De cabeça aberta para novas ideias

Enquanto tentava colocar água limpa para a cadela beber (sim, tenho cá mais uma hóspede temporária, já não sei se apelide a minha casa de, "pensão estrelinha" se, "arca de noé") e dei com a cabeça na esquina do caixilho de uma janela aberta. Em poucos segundos percebi que tinha feito um golpe na cabeça. Entre o vou ao hospital , ou eu trato disto, fiquei pela segunda hipótese. Nem acredito que, sem saber bem onde, afinal não consigo ver a dimensão da coisa, desinfectei com água oxigenada, tu queres ver que vou ficar parcialmente loira às custas disto.

09 dezembro 2008

MaxMerdinhas, vá! II

Meus caros senhores, perdão, mil vezes perdão pela ofensa: a dita revista (MaxMen) não é assim tão má.
Digamos que:
Fala de mulheres e gajas, dessas que fazem andar o mundo e das outras que o adornam.
Fala de carros, desses que vos (homens) fazem andar mais depressa, quando a vida não anda para a frente, e vos fazem parecer mais homens, mesmo antes de ir comer torradinhas com mel em casa da mãe.
Fala de sexo, esse que tanto convém saber fazer ( e a ler, ler muito é que a gente aprende).
Ora, Ora! Uma revista Maxfabulástica! Pois claro!
Como mulher, nunca deveria ter posto os meus ricos olhinhos numa coisa dessas. Seu a seu dono.
Já me estou a penitenciar pelo que escrevi, vou na segunda caixa de Donuts, só para garantir que jamais, jamais terei lugar na capa desta ilustre revista.

08 dezembro 2008

Entrar nu e sair despido
















Na verdade, só pude ir hoje ao Stockmarket, e já a meio da tarde (depois de 3 dias em Lisboa e 3 dias no Porto, é a isto que se chama, ir aos restos dos restos), mas valeu (e valia) a pena encontrar:
Melissa; Custo Barcelona; sapatos Caramelo e sim, estavam lá os Anjos Urbanos (a trabalhar por metade do preço).

MaxMerda





Não punha as mãos (e os olhos) numa revista destas, desde... a "belle époque" agora lê tu a Máxima que eu quero espreitar a MaxMen.
Duas palavrinhas: ultra brejeira.

P.S- Coloquei este exemplar, para ilustrar, porque foi mesmo esta edição que trouxe do Stockmarket, a título gratuito. Nada contra a criatura que se encontra na capa.

04 dezembro 2008

Cheiros e afins

Na reunião da tarde: a melhor forma que o meu caro colega encontrou para se fazer notar, foi comer cebola ao almoço.

02 dezembro 2008

Who ´s next

Fui ao cinema ver um filme que (supostamente), nos mostra que há segundas oportunidades no amor.
Mas o gajo morre.

Vaidade

Vaidade das vaidades -diz Coelet- vaidade das vaidades: tudo é vaidade. Quem
trabalhou com sabedoria, ciência e êxito, tem de deixar tudo a outro que nada fez.
Também isto é vaidade e grande desgraça. Mas então, que aproveita ao homem todo o
seu trabalho e a ânsia com que se afadigou debaixo do sol? Na verdade, todos os seus
dias são cheios de dores e os seus trabalhos cheios de cuidados e preocupações; e nem
de noite o seu coração descansa. Também isto é vaidade.


Leitura do Livro de Coelet

Bastava

Respeito respeito respeito respeito respeito respeito respeito respeito respeito respeito respeito respeito respeito respeito respeito respeito respeito respeito
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