28 julho 2008

Levanta-te que eu já te apanho

As mulheres são muito duras umas com as outras.
A dureza no seu pior.
Pode ser tão duro como violento. É sabendo o ponto fraco da outra, que se atinge o ponto alto da agressão.
Nunca haverá uma mulher perfeita enquanto houver outra mulher para lhe apontar o dedo.
Lutam umas com as outras, por tudo e por nada. Por tudo, vezes o nada. Criticam-se, humilham-se, apontam-se, acusam-se, odeiam-se, esgotam-se, provocam-se.
Quase sempre gratuitamente. Ou a troco de merda nenhuma. Pior ainda quando é, a troco de "um merdas qualquer".

(Quem é que falou em solidariedade, sabedoria e sensibilidade feminina?)

27 julho 2008

Levanta-te e anda

As mulheres são muito duras umas com as outras.
A dureza pela positiva, em que uma faz de espada a outra faz de escudo.
Ou as duas de espada.
Raramente as duas de escudo, na mesma causa.
Exigem igual desempenho.
É uma espécie de "levanta-te e anda", entre a que sabe, porque o faz ou fez, e a que sabe mas que ainda não tentou.
Há uma vigília silenciosa, só para saber se vai tudo bem.
Solidariedade, sabedoria e sensibilidade feminina.

16 julho 2008

O meu "Anjo Urbano"















Declaro, hoje, tréguas às cabeleireiras(os).
Melhor, rendo-me a estes senhores Anjos Urbanos.
Este nome assenta-lhes bem. Homens e mulheres cheios de tatuagens, piercings e com as cabeças rapadas. O olhar é meigo.
O "anjo" que me calhou, fez-me feliz, era um homem. Mas os anjos não têm sexo. É pena. Era menina para lhe escrever uma carta de amor.
Ameaçou fazer-me um penteado aborígene, retalhou-me o cabelo todo, e desta vez, não tive pena alguma. Fiquei o resto do dia com um sorriso parvo estampado no rosto, e uma vontade enorme de conquistar a metade do mundo que me falta.














Por falar em sorrisos e não são "emprestados".
A minha caixa de correio também continha sorrisos.
Obrigada.


Há pessoas que aparecem do nada para mudar quase tudo. Certo é, que nunca o chegarão a saber, mesmo que nos esforcemos para lhes explicar, mas nunca da forma como nós o sentimos.

15 julho 2008

Riu piu piu pardais a voar

Então cá vai o desabafo, antes que me faça velha com o que me apoquenta:
Meu caro Luís é a ti mesmo a quem vou por as culpas.
(Tem paciência mas ficas bem neste quadro).
Parte I
Luís (ao telefone)- Então miúda estás boa?
Eu - Olá Luís, bem obrigada, há muito que não me ligavas! Há novidades?
Luís - Nada de especial, só para saber como estás e lembrar-te que o teu carro está com 42.000 km, que deves ir à revisão dos 40.000 e que vais levar um raspanete por eu não te ter lembrado que também não fizeste a revisão dos 20.000 km. Desculpa.

Parte II
Luís (ao telefone)- Olá estás boa?
Eu - Sim. Tudo em ordem. Então que me contas?
Luis - Hummmm... eu...pois... eu já te deveria ter ligado antes a avisar...hummm... sabes... aquele armário pelo qual pagaste uma pipa de massa, que vai ser uma sapateira mas que tu não querias que tivesse aspecto de sapateira... hummm...e que até mandaste fazer noutra madeira e cor.... vais odiá-la. Desculpa, eu deveria ter-te avisado, vai ficar mesmo com cara de sapateira.


Pronto(s) a culpa é do Luis.

14 julho 2008

Riu piu piu pardais ao ninho

Que bem que sabe esta "merdinhanha" da liberdade, e do fazer o que se quer (que não é liberdade) e o poder, e o fazer, e melhor, o poder fazer com toda a liberdade. E somos rainhas e senhoras do nosso meio mundo.
Pois claro. E quando é preciso por as culpas em alguém, nada. Ficamos com elas. Lá está, nem isto para partilhar.

06 julho 2008

A não vontade

Não é fuga.
Não é falta do que escrever.
Não é falta do que partilhar.
A culpa é da vontade.
A imensa e egoísta falta de vontade de partilha.



"Tenho medo que a liberdade se torne um vício"
In Rio das Flores - Miguel Sousa Tavares