30 janeiro 2009
Moinho de vento
Moinhos da Apúlia daqui
Vesti-me de preto.
Preto é ausência de cor. Preto não sou eu.
Mas, vesti-me de preto. Como se fosse a um funeral chique.
A manhã de trabalho foi de um frio que não senti.
Esperei pela hora de almoço.
Almoço marcado e programado com uma antecedência de quem não quer ser encontrado.
Apúlia, os moinhos e o mar. Reconheço o restaurante escolhido, A Cabana. Ocorre-me a expressão Amor e uma Cabana. Parece que a cabana ainda dura, deve ter bons alicerces e é bem estimada por quem nela habita. Deve ser isso.
Este almoço tem outra versão de. Será antes, uma perversão do.
Come-se bem neste restaurante. Caramba, hoje não vem nada a calhar.
Sento-me na mesa nove, e olho para a mesa onde me sentei pela última vez que ali estive, mesa três, brinco com os números e faço uma relação directa ao ano. Treta distractiva.
Tenho pouco tempo para o almoço, e apetece-me encurtá-lo (ao almoço).
Durante a semana de trabalho não gosto de almoçar com ninguém, "almoçar os outros", não resulta em boas digestões.
Não neste almoço.
Peço salmão grelhado para disfarçar.
29 janeiro 2009
Não damos nada a ninguém
Se quando damos "tudo", o resultado é nenhum.
Se fizermos "nenhum", o resultado é o mesmo.
Se fizermos "nenhum", o resultado é o mesmo.
Das metades
Das coisas inteiras. Ficamos pelas metades.
Metades das horas, metades das pessoas. Abundam meios prazeres em meios dias. Outras tantas metades do ar por respirar em metades de camas frias.
As Mulheres como eu, não aceitam meias medidas por tempos inteiros.
Metades das horas, metades das pessoas. Abundam meios prazeres em meios dias. Outras tantas metades do ar por respirar em metades de camas frias.
As Mulheres como eu, não aceitam meias medidas por tempos inteiros.
28 janeiro 2009
Cá vai, Mlee*
Não gosto de nomear vinhos a título de recomendação, dizer "tens que provar, é muito bom". Digo antes, que gostei, que me soube bem, que o bebi a acompanhar o prato X e que tinha por companhia Y ou Z (isto conta muito).
Um vinho bom é aquele que nos sabe bem na altura.
Eu a recomendar um vinho a alguém, é exactamente o mesmo que chegar ao pé da minhas amigas(os) e dizer "o Filipe beija tão bem, tão bem... tens que experimentar".
Bem, seja como for, é muito fácil experimentar vários até encontrar aquele "tipo" que nos vai saber sempre bem (estou a falar de vinho).
;)
* Por engano esteve ali um link que não o da Mlee, peço desculpa a quem de direito, como o post fala de vinho e de homens que beijam bem, isto poderia parecer muito mau, uma vez que o link que ali estava era de um bloguer masculino, quem estivesse atento (e ainda bem que alguém me avisou) iria julgar que estava a indicar à Mlee "O Homem" para ela beijar.
Resultado da minha aselhice. Desculpem.
Um vinho bom é aquele que nos sabe bem na altura.
Eu a recomendar um vinho a alguém, é exactamente o mesmo que chegar ao pé da minhas amigas(os) e dizer "o Filipe beija tão bem, tão bem... tens que experimentar".
Bem, seja como for, é muito fácil experimentar vários até encontrar aquele "tipo" que nos vai saber sempre bem (estou a falar de vinho).
;)
* Por engano esteve ali um link que não o da Mlee, peço desculpa a quem de direito, como o post fala de vinho e de homens que beijam bem, isto poderia parecer muito mau, uma vez que o link que ali estava era de um bloguer masculino, quem estivesse atento (e ainda bem que alguém me avisou) iria julgar que estava a indicar à Mlee "O Homem" para ela beijar.
Resultado da minha aselhice. Desculpem.
26 janeiro 2009
Cabeleireiro - Episódio 522
Enquanto espero, pego na primeira revista que vem à mão, GQ, uma revista para homens. Ao contrário da MaxMen, este exemplar deixou-me boa impressão, bons jornalistas, bons artigos, temas interessantes... enfim, uma revista para "um ser masculino mais evoluído", certamente um nicho (nichozinho) de mercado dum vasto segmento.
Desvio o olhar para as crianças presentes. Três meninas.
Uma, a mais velha, pavoneia-se frenéticamente em frente ao espelho (começa cedo).
A segunda, seguramente irmã da primeira, sentada no chão, está com uma cara de semi-nojo enquanto pega no cabelo cortado impiedosamente caído no chão. Depois, como se tivesse encontrado alguma coisa importante, sorri e levanta-se com uma madeixa agarrada pelos dedos, "mãe este é teu", a mãe olha e sorri "deve ser, parece meu", a mãe volta para a sua revista e a menina mete a madeixa cortada no bolso do vestido.
A terceira está siderada a olhar, para aquela que, deverá ser a sua mãe, acabadinha de ser enfiada num daqueles secadores tipo capacete de astronauta. A menina nem se mexe, tem uma boneca na mão agarrada pelos cabelos, mas está com o olhar fixo na mãe. Imóvel por algum tempo, depois olha para cada uma das pessoas que ali está, uma a uma, só encontra os meus olho, depois olha para a mãe e volta a olhar para mim, parece esperar que eu reaja a algo. Eu não a percebi. Então levanta-se, decidida, espreita, por baixo do capacete, para o rosto da mãe e diz "mamã! ainda respiras?" A mãe gozou bastante com a situação, ridicularizou-a até. A menina voltou a sentar-se, uma mão agarrada ao cabelo da boneca a outra ao banquinho onde se senta. Não demove o olhar da mãe, como quem fica de guarda. E fica.
Desvio o olhar para as crianças presentes. Três meninas.
Uma, a mais velha, pavoneia-se frenéticamente em frente ao espelho (começa cedo).
A segunda, seguramente irmã da primeira, sentada no chão, está com uma cara de semi-nojo enquanto pega no cabelo cortado impiedosamente caído no chão. Depois, como se tivesse encontrado alguma coisa importante, sorri e levanta-se com uma madeixa agarrada pelos dedos, "mãe este é teu", a mãe olha e sorri "deve ser, parece meu", a mãe volta para a sua revista e a menina mete a madeixa cortada no bolso do vestido.
A terceira está siderada a olhar, para aquela que, deverá ser a sua mãe, acabadinha de ser enfiada num daqueles secadores tipo capacete de astronauta. A menina nem se mexe, tem uma boneca na mão agarrada pelos cabelos, mas está com o olhar fixo na mãe. Imóvel por algum tempo, depois olha para cada uma das pessoas que ali está, uma a uma, só encontra os meus olho, depois olha para a mãe e volta a olhar para mim, parece esperar que eu reaja a algo. Eu não a percebi. Então levanta-se, decidida, espreita, por baixo do capacete, para o rosto da mãe e diz "mamã! ainda respiras?" A mãe gozou bastante com a situação, ridicularizou-a até. A menina voltou a sentar-se, uma mão agarrada ao cabelo da boneca a outra ao banquinho onde se senta. Não demove o olhar da mãe, como quem fica de guarda. E fica.
25 janeiro 2009
Non Sense (9)
João Claro, cantor e canalizador, já vendeu mais de 20 mil cópias do seu novo álbum "Cantigas de Adubo, Lenha e Bem Viver em Zonas da Raia".
20 janeiro 2009
15 janeiro 2009
14 janeiro 2009
13 janeiro 2009
Comemorar
Os Xutos fazem hoje 30 anos - Escolho "Contentores", das minhas preferidas.
Os meus pais fazem hoje 36 anos de casados. Aqueles a quem nunca digo adeus. Parabéns.
A D. Margarida faz hoje anos (não sei quantos). A quem não disse adeus. Parabéns.
CONTENTORES
A carga pronta metida nos contentores
Adeus aos meus amores que me vou
P'ra outro mundo
É uma escolha que se faz
O passado foi lá atrás
Num voo nocturno num cargueiro espacial
Não voa nada mal isto onde vou
P'lo espaço fundo
Mudaram todas as cores
Rugem baixinho os motores
E numa força invencível
Deixo a cidade natal
Não voa nada mal
Não voa nada mal
Pela certeza dum bocado de treva
De novo Adão e Eva a renascer
No outro mundo
Voltar a zero num planeta distante
Memória de elefante talvez
O outro mundo
É a escolha que se faz
O passado foi lá atrás
E nasce de novo o dia
Nesta nave de Noé
Um pouco de fé
11 janeiro 2009
09 janeiro 2009
04 janeiro 2009
Capricho
More than anything I want to see you, girl
Take a glorious bite out of the whole world
Nem indecisa estou. Vou morder duas vezes.
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