11 fevereiro 2010

Planeamento, gestão de espaço, logística e terra fértil.

Quando eu morrer quero/gostava de ser cremada - como se, depois de morta, podesse decidir, querer ou gostar de alguma coisa.

 Mas detesto a ideia da bicharada a aproximar-se de mim sem eu poder gritar.

Não quero ninguém no meu funeral. É uma perfeita e mórbida perda de tempo. Não mandem flores.

Quero gente por perto em vida. Gosto que me visitem, mesmo sem avisar, que fiquem para jantar, que encham a casa e ocupem os espaços onde normalmente há bancos cadeira e sofás vazios.
 Mas apareçam em vida.
Adoro receber flores, não necessáriamente naqueles arranjos manhosos e cheios de aparato, podem ser em vaso, um ramo desordenado, uma ou duas flores, até de "gestas floridas" se dadas com gosto e porque aprecio, muito.
Mas ofereçam em vida.

Mandem espalhar as minhas cinzas num olival - aquele em Santo André, sempre quis lá morar.

Não me venham dizer que isto é mórbido.
Falar da morte em vida é bom.
Falar da vida já "morto" é que nem por isso.

2 comentários:

MIN disse...

ou então doar o corpo à ciência...
eu ocupo este lugar no sofá, se não te importares, é que a conversa está boa.
bj

Maria Cardeal disse...

Min,
na mesma sequência: depois de morta, dá-me igual!

beijo