09 agosto 2007

Olhar com desprezo

Entrei a correr numa qualquer dependência bancária para tratar de um assunto, pendente faz dias. Na entrada cruzo-me com um “senhor” que me abre a porta e agradeço (tenho a certeza) com um qualquer jeito ou trejeito. Demorei-me pouco. Excelente, estava com pressa. Caminhei uns metros e esperei no local combinado, com a Marta, para tomar o belo do cafézinho. Alguém me toca no braço, faço um sorriso, pensei ser ela, sorriso desfeito, é o “senhor” com quem me tinha cruzado momentos antes à entrada do banco. Agora sorri ele. E vomita: «Não resisti a esperar por si e segui-la, não se assuste, não lhe faço mal, mas fiquei fascinado pelo seu olhar, altivo e de desprezo com que me olhou….» Agora que transcrevo o sucedido rio-me à força toda.
Vou ter que treinar estes olhinhos que Deus me deu, ok, herança do meu pai, para olhar com desprezo outras criaturas mais interessantes que este “senhor”.

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