24 agosto 2007

Violentissíma Ternura

Que a vida fosse a mesma festa sempre
E os olhos encontrassem teu sorriso
Um pouco mais de tempo e era a felicidade
Um pouco mais de céu e era o paraíso

Comecei devagar, em dúvida de tudo
Até que ontem, para ti, fora de menos
Pouca sorte, pouca vida, pouco amor
E aí senti o que se sente e não dizemos

E tudo o que soubemos acabou
E aquilo que começou nós não sabemos


E a pouco e pouco tudo agigantou
Que era demais e os olhos já sabiam
E aquela intensidade apenas confirmou
O futuro que as mãos não conheciam

Fica a certeza de um início assim bonito
E no silêncio pressente-se loucura
O turbilhão intenso subindo como um grito
E inexplicável, violentíssima, a ternura

Crónicas da Violentíssima Ternura
Pedro Barroso

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