31 janeiro 2008

Lambisgóia honesta

Haja paciência, ou falta dela e termino já com este joguinho desonesto.
A lambisgóia põe-me à prova dia sim, dia sim.
Questiono-me, «que queres tu provar, e a quem?»
Não me apetece brincar a isto, a idade já não me permite este tipo de divertimento. Talvez aos 16, esse, o jogo das disputas, com meninas da mesma idade, fosse dos que mais gozo me dava. Disputar roupas, rapazes, atenções, notas… aqui aceita-se.
Hoje, com o dobro da idade, há coisas que não têm qualquer sentido disputar.
Não há aqui nada para disputar, nem em ti, nem de ti.
É um jogo, eu sei, mas acredita, não tem prémio.
Falas, falas e reclamas pelo meu silêncio.
Acho que gostas bastante de te ouvir.
Ouço, por respeito, mantenho-me calada por respeito (do que resta). E até acredito que, nem queiras saber a minha opinião, só porque, com grande probabilidade, iria discordar.
E tu não aceitas opiniões diferentes.
Somos duas mulheres diferentes. Bastava aceita-la, a diferença.
Acreditas no “Mais vale parece-lo que sê-lo”.
Eu sou pelo original “Mais vale sê-lo que parece-lo”.

E é isto sobre amizade (?)
Esperava bem mais, melhor, não esperava tão poucochinho.

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