06 janeiro 2008

Lança os dados e baralha tudo de novo

Não pedi desejos enquanto comia as 12 passas, sou uma mulher atípica, não faço duas coisas ao mesmo tempo. Comer não me custa rigorosamente nada, já pensar dá-me uma trabalheira desgraçada. E antes que fizesse azia, limitei-me a comer as passas, lenta e pausadamente.


Agora que estou no início do ano tomei algumas decisões, ponderei, interiorizei e assumo:

Expurgar é a palavra de ordem.
Expurgar – Purgar completamente; retirar ou separar do que é nocivo ou prejudicial; limpar de erros; corrigir; emendar; apurar; limar; polir.


Não perderei mais tempo com quem me incomoda.
Não falarei dumas quantas personagens, porque não vale a pena.
Não falarei com outras, porque é um desperdício de energia.
Não enviarei sms a umas tantas, porque não vale a pena, porque é um desperdício de energia e ainda pago por isso.


Assumo que confundi orgulho com amor-próprio. Mas confesso, que ainda hoje, não sei quando agi toldada por um, ou em defesa e bom nome do outro.
Assumo que a minha capacidade de discernimento durante o ano de 2007 foi igual, ou inferior, a 1% de coisa nenhuma.
Admito que falhei, onde falhei, não admito julgamentos.
Confesso que ofendi, era desnecessário, mas soube-me bem na altura. Ainda não sinto arrependimento.



Gostava de ter a capacidade de perdoar mais facilmente. Gostava. Não fosse a minha capacidade em perdoar, inversamente proporcional ao mal que me causaram.



Não vou pedir conselhos aos amigos como se fossem os GPS da minha vida.
Passei o ano de 2007 a pedir e ouvir conselhos. Até ao “inimigo” pedi.
Aos Meus AMIGOS, aqueles que eu adoro e que estiveram sempre disponíveis. Sempre que eu precisei, de um ombro ou de um colo amigo (e deveria ter ficado só mesmo por aqui, tipo: chorar, limpar o nariz e dar de frosques), vocês deram-me conselhos de merda, sim fui eu que os pedi (alguns arrancados a ferros, até). Fizeram por bem, eu sei, achavam que era o melhor para mim, eu sei, mas não foi, isso, vocês jamais saberão, espalhei-me a todo o comprimento, sozinha. Continuo a gostar e a precisar imenso de vocês. Esqueçam a parte dos conselhos.
E depois, ainda há aqueles que, nem sendo amigos nem inimigos, me presentearam com frases feitas em jeito de conselho, (re)decoradas de livros do Paulinho Coelho. Que me irritam e aborrecem solenemente.
Todos têm uma opinião válida, e vou continuar a ouvir-vos com a atenção que merecem. Mas agora, agora sei exactamente o que não quero.


Agir, em vez de pensar ou sonhar em fazer. Já comecei.

5 comentários:

Joanissima disse...

Gosto da forma frontal como encaras as coisas. Identifico-me com muitas coisas que escreveste aqui (desculpa o plagiozinho emocional) mas com outras não me identifiquei minimamente. No entanto, e é por isso que gosto tanto de te ler, saí daqui mais rica em termos de prespectivas e isso é muito bom.

Obrigada.

Quanto à parte do perdoar, o mais complicado de 2007 (e talvez da minha vida toda) é conseguir perdoar-me a mim mesma. Isso é que é tramado.

Um beijo para ti.
Mantenho o xi apertado. Sem lamechices. : )

nspfa disse...

Sem duvida alguma, chega sempre o momento em que já sabemos o que n queremos. A questão mais complicada, às vezes, é a falta de colaboração por parte do que sabemos que n queremos. Actualmente gosto mais de saber o que quero...:)

MIN disse...

E mais nada! O resto que se f... lixe, desculpa a expressão (nada lamechas!)
Há que encarar as coisas mais tipo Miguel Esteves Cardoso, porque o Paulinho já deu o que tinha a dar :)
Beijos!

Maria Cardeal disse...

joanissima, Obrigada pela tuas palavras.
Vá miúda, não nos podemos penitenciar para a vida toda pela culpa de "algo". Com certeza que já deves ter sido castigada por "essa culpa", já chega.

Um Xi

x-prep - Haja certezas. Certezas do que se quer ou não quer de todo. Parece-me bem haver certezas. E que as tuas certezas sejam certas e que as escolhas sejam certezas.
bj

min - Vivam as expressões nada lamechas!
Ui! O que eu gosto do MEC! É bem mais o meu género.
bj

Anónimo disse...
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