Não pedi desejos enquanto comia as 12 passas, sou uma mulher atípica, não faço duas coisas ao mesmo tempo. Comer não me custa rigorosamente nada, já pensar dá-me uma trabalheira desgraçada. E antes que fizesse azia, limitei-me a comer as passas, lenta e pausadamente.
Agora que estou no início do ano tomei algumas decisões, ponderei, interiorizei e assumo:
Expurgar é a palavra de ordem.
Expurgar – Purgar completamente; retirar ou separar do que é nocivo ou prejudicial; limpar de erros; corrigir; emendar; apurar; limar; polir.
Não perderei mais tempo com quem me incomoda.
Não falarei dumas quantas personagens, porque não vale a pena.
Não falarei com outras, porque é um desperdício de energia.
Não enviarei sms a umas tantas, porque não vale a pena, porque é um desperdício de energia e ainda pago por isso.
Assumo que confundi orgulho com amor-próprio. Mas confesso, que ainda hoje, não sei quando agi toldada por um, ou em defesa e bom nome do outro.
Assumo que a minha capacidade de discernimento durante o ano de 2007 foi igual, ou inferior, a 1% de coisa nenhuma.
Admito que falhei, onde falhei, não admito julgamentos.
Confesso que ofendi, era desnecessário, mas soube-me bem na altura. Ainda não sinto arrependimento.
Gostava de ter a capacidade de perdoar mais facilmente. Gostava. Não fosse a minha capacidade em perdoar, inversamente proporcional ao mal que me causaram.
Não vou pedir conselhos aos amigos como se fossem os GPS da minha vida.
Passei o ano de 2007 a pedir e ouvir conselhos. Até ao “inimigo” pedi.
Aos Meus AMIGOS, aqueles que eu adoro e que estiveram sempre disponíveis. Sempre que eu precisei, de um ombro ou de um colo amigo (e deveria ter ficado só mesmo por aqui, tipo: chorar, limpar o nariz e dar de frosques), vocês deram-me conselhos de merda, sim fui eu que os pedi (alguns arrancados a ferros, até). Fizeram por bem, eu sei, achavam que era o melhor para mim, eu sei, mas não foi, isso, vocês jamais saberão, espalhei-me a todo o comprimento, sozinha. Continuo a gostar e a precisar imenso de vocês. Esqueçam a parte dos conselhos.
E depois, ainda há aqueles que, nem sendo amigos nem inimigos, me presentearam com frases feitas em jeito de conselho, (re)decoradas de livros do Paulinho Coelho. Que me irritam e aborrecem solenemente.
Todos têm uma opinião válida, e vou continuar a ouvir-vos com a atenção que merecem. Mas agora, agora sei exactamente o que não quero.
Agir, em vez de pensar ou sonhar em fazer. Já comecei.
5 comentários:
Gosto da forma frontal como encaras as coisas. Identifico-me com muitas coisas que escreveste aqui (desculpa o plagiozinho emocional) mas com outras não me identifiquei minimamente. No entanto, e é por isso que gosto tanto de te ler, saí daqui mais rica em termos de prespectivas e isso é muito bom.
Obrigada.
Quanto à parte do perdoar, o mais complicado de 2007 (e talvez da minha vida toda) é conseguir perdoar-me a mim mesma. Isso é que é tramado.
Um beijo para ti.
Mantenho o xi apertado. Sem lamechices. : )
Sem duvida alguma, chega sempre o momento em que já sabemos o que n queremos. A questão mais complicada, às vezes, é a falta de colaboração por parte do que sabemos que n queremos. Actualmente gosto mais de saber o que quero...:)
E mais nada! O resto que se f... lixe, desculpa a expressão (nada lamechas!)
Há que encarar as coisas mais tipo Miguel Esteves Cardoso, porque o Paulinho já deu o que tinha a dar :)
Beijos!
joanissima, Obrigada pela tuas palavras.
Vá miúda, não nos podemos penitenciar para a vida toda pela culpa de "algo". Com certeza que já deves ter sido castigada por "essa culpa", já chega.
Um Xi
x-prep - Haja certezas. Certezas do que se quer ou não quer de todo. Parece-me bem haver certezas. E que as tuas certezas sejam certas e que as escolhas sejam certezas.
bj
min - Vivam as expressões nada lamechas!
Ui! O que eu gosto do MEC! É bem mais o meu género.
bj
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