27 abril 2008

27 Abril de 2001


O meu tempo não perde memória.
O meu tempo sabe as datas, só as datas, sem a noção do "se foi ontem" ou "se foi há anos".
O meu tempo lembra-se bem do "Café Aranha", passou a chamar-lhe assim, só porque tem caixilhos de madeira que, ainda hoje, parecem uma teia de aranha.
O meu tempo chegou a saber o nome, mas não interessava para nada, era o "Café Aranha" em Leça da Palmeira.
Gostava muito de lá ir, pelos peixes que fixavam a boca ao vidro do aquário, pela lareira no Inverno, pelo ambiente, pela companhia de sempre. Pelo "lugar marcado".
O meu tempo vai lá voltar. Num outro dia 27 de Abril. De um ano qualquer.

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