15 abril 2008

Sol de trevoada

Raios me partissem todinha, se fizesse aquilo que sentia e não fiz, e não estaria aqui para contar história.
Fazer o que fiz, centenas de vezes, porque não fui capaz de me conter.
Ter dito mais do que disse e não ter falado tanto.
Ter ficado em vez de ter ido.
Ter vivido em ver de assistir.
Ter morto em vez de ferir.

Raios me partam todinha, se não faço aquilo que quero e posso, e não ficarei para contar mais nenhuma história.
Agora menos curiosa, chamemos-lhe curiosidade que é um sentimento infinitamente menor, deixo de querer saber. Faz-me bem não querer saber. Faz-me bem e faz-me melhor, não saber de todo.
Olho para o meu nariz, conto novamente as minhas sardas e reconcilio-me com elas, de vez.

3 comentários:

fernando lucas disse...

isso parece conversa de final de vida, xisa-penico!
e que tal dizer?
que tal ficar?
que tal viver e que tal matar?

Maria Cardeal disse...

Lucas,
a primeira parte sim, é de final de vida, mas não é da minha.
A segunda parte é exactamente sobre o querer viver. Agora conscientemente com outra atitude.
Isto de escrevermos merdices sobre a nossa vida nem sempre é bem interpretado, só porque não dizemos tudo...

hothotheart disse...

ui mulher com sardas é sexy =P
se n ficassemos tantas vezes amorfas nao teriamos arrependido tantas vezes e aprendido com esses erros =)