Olha eu a fazer de conta que ainda estou de fim de semana grande

Soube-me tão bem este fim-de-semana que estou a tentar prolongar, a esticar o tempo...
Fui até à minha terra natal, onde, ainda, moram os meus pais e o meu irmão. Três dias perfeitos, a acordar com cheirinho a café, a comer torradas de pão centeio, mimo dos pais, do irmão... Tratam-me como se passasse fome o tempo que não estou com eles, a mãe mune o frigorífico e a mesa dos meus petiscos favoritos (bem, ela troca um pouco os gostos dos filhos, somos 3, não é grave). O pai pergunta pelo trabalho e certifica-se pela quinquagésima vez de que tudo corre bem. Nestas alturas penso que isto de se ser mulher feita, profissionalmente bem sucedida e perfeitamente independente não tem qualquer significado nem peso nenhum, voltamos a ser miúdas ao pé deles.