Início o ano de 2008 a convencer-me que seria um ano bom.
Sem grandes desejos. Mas cheia de crenças. Achava que ia correr bem. Só poderia correr bem. Não haveria muito mais para correr mal.
Entre o estado "a dormir" e o estado "dormente", passou-se o ano de 2008, aparentemente nada mudou.
MENTIRA.
Foi preciso tudo isto para sentir, chegar a este estado de poder e posse. É disto que se trata, não do que temos e conquistamos mas do que sentimos que temos e do que sempre esteve connosco.
Sim, sentir que tenho, que posso, que quero, que não quero, que desejo.
Sinto-me plagiada de mim e sei indiscutivelmente quem é o original.
Não há desejos a para 2009.
Há certezas.
Certeza do que recuperei. Do que sinto que recuperei.
31 dezembro 2008
28 dezembro 2008
A melhor forma de explicar isto seria comparar com um belo estado de embriagues consciente. Quando o vinho nos toca nos sentidos e o coração fica pertinho da boca, tão perto do prazer como da desgraça do "artista".
27.12.2008, 19:32h, EN219
Começa a nevar.
Brutal.
O espectáculo é indescritível. Nasci numa terra em que a neve é presente de Natal, mas nunca tinha feito uma viagem assim, é uma experiência violentamente bela. Tal como no estado de embriagues, fiquei tão eufórica que nem houve lugar à medição do risco.
Tal como acontece depois de beber um bom vinho, mais do que o necessário para degustar ou acompanhar uma refeição, fiquei com vontade de dizer o que fica ali, encravado, entre a boca e o coração.
Coloco o auricular do telemóvel e penso na pessoa com quem vou partilhar.
Penso no Rui. Talvez para lhe fazer uma declaração de amor eterna, mas insuficiente. Excluo.
Penso no Luís, e em partilhar algo que este lugar nos dá em comum. Excluo, iria achar desmesurado todo o meu entusiasmo.
Pensei na Luísa. Ela dir-me-ia "põe a merda das mãos no volante e vai atenta e vê se chegas inteira a casa" . Excluo.
Penso no Hugo. A conversa seria bem mais distractiva e perigosa que uma bela nevada em pleno Nordeste Transmontano. Excluo.
Ligo ao Pedro. Amigo incansável. Depois de desligar fiquei com a sensação de ele achou que eu tinha bebido.
Eu sei, a sensação é exactamente a mesma.
27.12.2008, 19:32h, EN219
Começa a nevar.
Brutal.
O espectáculo é indescritível. Nasci numa terra em que a neve é presente de Natal, mas nunca tinha feito uma viagem assim, é uma experiência violentamente bela. Tal como no estado de embriagues, fiquei tão eufórica que nem houve lugar à medição do risco.
Tal como acontece depois de beber um bom vinho, mais do que o necessário para degustar ou acompanhar uma refeição, fiquei com vontade de dizer o que fica ali, encravado, entre a boca e o coração.
Coloco o auricular do telemóvel e penso na pessoa com quem vou partilhar.
Penso no Rui. Talvez para lhe fazer uma declaração de amor eterna, mas insuficiente. Excluo.
Penso no Luís, e em partilhar algo que este lugar nos dá em comum. Excluo, iria achar desmesurado todo o meu entusiasmo.
Pensei na Luísa. Ela dir-me-ia "põe a merda das mãos no volante e vai atenta e vê se chegas inteira a casa" . Excluo.
Penso no Hugo. A conversa seria bem mais distractiva e perigosa que uma bela nevada em pleno Nordeste Transmontano. Excluo.
Ligo ao Pedro. Amigo incansável. Depois de desligar fiquei com a sensação de ele achou que eu tinha bebido.
Eu sei, a sensação é exactamente a mesma.
Pérolas de Natal II
Depois do pai nos ouvir falar interminávelmente das maravilhas da Bimbi, conclui:
Se meteres um par de meias usadas lá dentro, sairá uma bela fatia de queijo Brié.
Se meteres um par de meias usadas lá dentro, sairá uma bela fatia de queijo Brié.
23 dezembro 2008
Dizem que é por causa do Natal

O encontro dos cinco é cá em casa. Festejamos o Natal. Os mesmos cinco de sempre. Desta vez na minha casa.
Estou aqui, entre o cheiro da lixívia e das rabanadas. Parece-me estar tudo em ordem para o olhar clínico da mãe, a practicidade do pai, as exigências pormenorizadas da mana e "eu quero é saber onde estão as prendas" do mano.
Família, Bom Natal.
Amigos, Bom Natal.
Aos outros, também.
21 dezembro 2008
17 dezembro 2008
De estimação
Tal como nos amores, também os ódios são de estimação.
Dir-me-ão, Fica-te mal a palavra ódio, é feia. (sorrio) O que me fica mal, é não sentir.
Sou tão fiel nos amores como nos ódios.
Estimo, respeito, mimo, alimento-os, até morrerem de fartura. Até encontrar outros maiores.
Amores maiores matam os anteriores (não estou certa que os mate, mas fá-los entrar em coma profundo). Os ódios também. Vão-se substituindo, não se gastam substituem-se por outros melhores. Outros, sedentos de alimento.
Chamemos-lhe: alta fidelidade.
Dir-me-ão, Fica-te mal a palavra ódio, é feia. (sorrio) O que me fica mal, é não sentir.
Sou tão fiel nos amores como nos ódios.
Estimo, respeito, mimo, alimento-os, até morrerem de fartura. Até encontrar outros maiores.
Amores maiores matam os anteriores (não estou certa que os mate, mas fá-los entrar em coma profundo). Os ódios também. Vão-se substituindo, não se gastam substituem-se por outros melhores. Outros, sedentos de alimento.
Chamemos-lhe: alta fidelidade.
15 dezembro 2008
Fruta da época
Por qué cuando nos sonamos los mocos abrimos el pañuelo y miramos lo que hemos echado?
Qué esperamos encontrar? Berberechos?
Qué esperamos encontrar? Berberechos?
14 dezembro 2008
De cabeça aberta para novas ideias
Enquanto tentava colocar água limpa para a cadela beber (sim, tenho cá mais uma hóspede temporária, já não sei se apelide a minha casa de, "pensão estrelinha" se, "arca de noé") e dei com a cabeça na esquina do caixilho de uma janela aberta. Em poucos segundos percebi que tinha feito um golpe na cabeça. Entre o vou ao hospital , ou eu trato disto, fiquei pela segunda hipótese. Nem acredito que, sem saber bem onde, afinal não consigo ver a dimensão da coisa, desinfectei com água oxigenada, tu queres ver que vou ficar parcialmente loira às custas disto.
09 dezembro 2008
MaxMerdinhas, vá! II
Meus caros senhores, perdão, mil vezes perdão pela ofensa: a dita revista (MaxMen) não é assim tão má.
Digamos que:
Fala de mulheres e gajas, dessas que fazem andar o mundo e das outras que o adornam.
Fala de carros, desses que vos (homens) fazem andar mais depressa, quando a vida não anda para a frente, e vos fazem parecer mais homens, mesmo antes de ir comer torradinhas com mel em casa da mãe.
Fala de sexo, esse que tanto convém saber fazer ( e a ler, ler muito é que a gente aprende).
Ora, Ora! Uma revista Maxfabulástica! Pois claro!
Como mulher, nunca deveria ter posto os meus ricos olhinhos numa coisa dessas. Seu a seu dono.
Já me estou a penitenciar pelo que escrevi, vou na segunda caixa de Donuts, só para garantir que jamais, jamais terei lugar na capa desta ilustre revista.
Digamos que:
Fala de mulheres e gajas, dessas que fazem andar o mundo e das outras que o adornam.
Fala de carros, desses que vos (homens) fazem andar mais depressa, quando a vida não anda para a frente, e vos fazem parecer mais homens, mesmo antes de ir comer torradinhas com mel em casa da mãe.
Fala de sexo, esse que tanto convém saber fazer ( e a ler, ler muito é que a gente aprende).
Ora, Ora! Uma revista Maxfabulástica! Pois claro!
Como mulher, nunca deveria ter posto os meus ricos olhinhos numa coisa dessas. Seu a seu dono.
Já me estou a penitenciar pelo que escrevi, vou na segunda caixa de Donuts, só para garantir que jamais, jamais terei lugar na capa desta ilustre revista.
08 dezembro 2008
Entrar nu e sair despido

Na verdade, só pude ir hoje ao Stockmarket, e já a meio da tarde (depois de 3 dias em Lisboa e 3 dias no Porto, é a isto que se chama, ir aos restos dos restos), mas valeu (e valia) a pena encontrar:
Melissa; Custo Barcelona; sapatos Caramelo e sim, estavam lá os Anjos Urbanos (a trabalhar por metade do preço).
MaxMerda

Não punha as mãos (e os olhos) numa revista destas, desde... a "belle époque" agora lê tu a Máxima que eu quero espreitar a MaxMen.
Duas palavrinhas: ultra brejeira.
P.S- Coloquei este exemplar, para ilustrar, porque foi mesmo esta edição que trouxe do Stockmarket, a título gratuito. Nada contra a criatura que se encontra na capa.
04 dezembro 2008
Cheiros e afins
Na reunião da tarde: a melhor forma que o meu caro colega encontrou para se fazer notar, foi comer cebola ao almoço.
02 dezembro 2008
Who ´s next
Fui ao cinema ver um filme que (supostamente), nos mostra que há segundas oportunidades no amor.
Mas o gajo morre.
Mas o gajo morre.
Vaidade
Vaidade das vaidades -diz Coelet- vaidade das vaidades: tudo é vaidade. Quem
trabalhou com sabedoria, ciência e êxito, tem de deixar tudo a outro que nada fez.
Também isto é vaidade e grande desgraça. Mas então, que aproveita ao homem todo o
seu trabalho e a ânsia com que se afadigou debaixo do sol? Na verdade, todos os seus
dias são cheios de dores e os seus trabalhos cheios de cuidados e preocupações; e nem
de noite o seu coração descansa. Também isto é vaidade.
Leitura do Livro de Coelet
trabalhou com sabedoria, ciência e êxito, tem de deixar tudo a outro que nada fez.
Também isto é vaidade e grande desgraça. Mas então, que aproveita ao homem todo o
seu trabalho e a ânsia com que se afadigou debaixo do sol? Na verdade, todos os seus
dias são cheios de dores e os seus trabalhos cheios de cuidados e preocupações; e nem
de noite o seu coração descansa. Também isto é vaidade.
Leitura do Livro de Coelet
Bastava
Respeito respeito respeito respeito respeito respeito respeito respeito respeito respeito respeito respeito respeito respeito respeito respeito respeito respeito
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29 novembro 2008
Teste I (Surpreendida por não ficar surpreendida)
(hoje em dia isto já não existe. O resultado deste teste confirma a minha falta de encaixe perante a realidade)
28 novembro 2008
Antes que Novembro finde, que finde PERFEITO
(A primeira versão desta música tinha 25 minutos, foi encurtada para 9 minutos. A mim parece-me perfeita).
27 novembro 2008
Um dia, ainda descobres outro umbigo que não o teu
Já sei, gostar não basta dizes tu.
Tu sabes, amar basta , digo eu (prefiro o verbo amar, porque gostar, gosto eu de pão com manteiga).
Na minha definição de amor, ele é completo, capaz, calmo, inteiro, integro, intenso, imortal, respeitável, respirável, real e nada banal. Amar basta, digo eu.
Temos definições diferentes de amor. É isso. É só, e tão somente isso. Um, é completo, o outro é quase. Tens razão, assim, gostar não basta.
É como um amor quase perfeito. Não o é.
Tu sabes, amar basta , digo eu (prefiro o verbo amar, porque gostar, gosto eu de pão com manteiga).
Na minha definição de amor, ele é completo, capaz, calmo, inteiro, integro, intenso, imortal, respeitável, respirável, real e nada banal. Amar basta, digo eu.
Temos definições diferentes de amor. É isso. É só, e tão somente isso. Um, é completo, o outro é quase. Tens razão, assim, gostar não basta.
É como um amor quase perfeito. Não o é.
24 novembro 2008
Poção mágica (a olho)
A ida:
Vontade, muita;
Programar, qb;
Dinheiro no bolso, qb (pró-pouco);
Um saquinho de viagem, pequenino;
Perder o medo de viajar sozinha, qb;
A estadia:
Uma AMIGA, muito;
Uma cidade brutal, bastante;
(Repetir quando puder e quiser)
Vontade, muita;
Programar, qb;
Dinheiro no bolso, qb (pró-pouco);
Um saquinho de viagem, pequenino;
Perder o medo de viajar sozinha, qb;
A estadia:
Uma AMIGA, muito;
Uma cidade brutal, bastante;
(Repetir quando puder e quiser)
19 novembro 2008
Madrid
Beber unas copas de vino y unas cañas
comer unas tapas, caminar por la ciudad.
Ps. E sim, espalhar magia, diz ela.
Olé, digo eu.
comer unas tapas, caminar por la ciudad.
Ps. E sim, espalhar magia, diz ela.
Olé, digo eu.
11 novembro 2008
do DESAGRADO
Ter um blog, faz-me parecer que, é a coisa mais parecida com o que, deverá ser (!?!?), participar numa orgia de olhos vendados.
(nunca deverás ver quem te tocou. nunca saberás a quem tocaste. por vezes sentes um perfume muito bom, mas convém apurar os sentidos. há qualquer coisa fedorenta, talvez uns pés, mas não consegues eliminar a sua presença. há gente a mais, alguns fazem muito barulho, é só barulho, alguém anda a fingir)
Foi bom para alguém.
Sim.
Para quem escreveu.
(nunca deverás ver quem te tocou. nunca saberás a quem tocaste. por vezes sentes um perfume muito bom, mas convém apurar os sentidos. há qualquer coisa fedorenta, talvez uns pés, mas não consegues eliminar a sua presença. há gente a mais, alguns fazem muito barulho, é só barulho, alguém anda a fingir)
Foi bom para alguém.
Sim.
Para quem escreveu.
06 novembro 2008
não GRITEM sff
Há um sítio onde tenho que ir, com alguma frequência, em trabalho (não há como escapar). Centro comercial Brasília (velhinho, velhinho), em pleno centro do Porto. Que eu saiba, existem dois parques subterrâneos, escolho sempre o primeiro, a meia dúzia de metros do segundo, mas mais barato (apesar da empresa pagar). Ora, meus caros, este parque tem sempre dois ou três senhores, género profissional de manobras/arrumador, que insistentemente e com muita convicção escolhem o lugar onde estacionamos (e ai de quem não obedeça), começam por explicar a manobra adequada (e ai de que tente fazer de outra forma), depois, em tom crescente, griTAM: vire tuDO À DIREITA, À DIREITA, D-I-R-E-I-TAAAAAA.... agora endireite a direcção, DIRECÇÃO, D-I-R-E-C-Ç-Ã-O...está bom, esTÁ BOM, ESTÁ BOOOOOOOOOMMMMMMMMM.
(das primeiras vezes, até achei graça. achei)
(das primeiras vezes, até achei graça. achei)
Cheira-me...
que a sopa que estou a fazer, está deliciosa.
(Atente-se: gostos não se discutem e cheiros também não).
(Atente-se: gostos não se discutem e cheiros também não).
05 novembro 2008
A preto e branco
Queria guardar uma imagem a preto e branco. As fotos a preto e branco são sempre bonitas e com menor definição temporal. Era assim que deveria ficar. Inalterável.
Coloca-la-ia num passe-partout junto aos livros. Bem à vista. De vez em quando passava-lhe os dedos para remover o pó. Voltava o sítio. A imagem a preto e branco que queria guardar.
Coloca-la-ia num passe-partout junto aos livros. Bem à vista. De vez em quando passava-lhe os dedos para remover o pó. Voltava o sítio. A imagem a preto e branco que queria guardar.
04 novembro 2008
Física
Se eu calçasse 47 em vez de 37, a minha base de sustentação seria maior, logo, o meu equilíbrio também.
03 novembro 2008
Adenda
O senhor do acordeão, Kimmo Pohjonen, esteve bem, entre o personagem que representou em palco e a música que tocou, duas palavras: diabolicamente sensual.
Na verdade, entre outras coisas, o que me levou a este espectáculo foi o gostar muito dos Danças Ocultas, pensei que fosse encontrar algo do género. Não foi por aí. Mas gostei.
(Quanto ao grupo Värttinä , não, decididamente: Não.)
Na verdade, entre outras coisas, o que me levou a este espectáculo foi o gostar muito dos Danças Ocultas, pensei que fosse encontrar algo do género. Não foi por aí. Mas gostei.
(Quanto ao grupo Värttinä , não, decididamente: Não.)
01 novembro 2008
Vamos.

Värttinä | Kimmo Pohjonen
A música folk da Finlândia tem sido levada ao mundo pelo grupo Värttinä, uma formação original que reúne três vozes femininas e seis instrumentistas. As vozes dão a conhecer as raízes do canto tradicional das mulheres e a poesia ancestral das tribos do leste do país, incluindo regiões como a Karelia, Setu, Ingria e outras. Com um percurso já de 25 anos, o grupo tem-se destacado ainda pela criação de novo repertório onde as instrumentações modernas e ritmos complexos se combinam de forma dinâmica com as sonoridades tradicionais.
Também oriundo da Finlândia, Kimmo Pohjonen tem sido um impulsionador das possibilidades do acordeão, levando-o dos territórios da folk para o rock, a música clássica, improvisação e avant-garde. As novas experiências que têm sido desenvolvidas pelo músico finlandês incluem composições originais com recurso a loops, efeitos electrónicos e samplers.
Dia 2 de Novembro Casa da Música
29 outubro 2008
Por falar em saber bem
Gosto de bananas verdes.
E o que é que isto interessa!!! (Perguntar-me-iam).
Enquanto escolhia fruta numa ilha de um hiper, ouvia uma conversa entre duas senhoras, nos seus belos cinquenta, sobre o valor nutricional das bananas. Resumindo, aprendi que (veracidade científica ainda por confirmar):
É na banana muito madura que está o famigerado potássio e o que uma banana tem de melhor.Uma banana verde é puro amido, ou seja, é como comer uma batata crua. Banana para fazer bem, tem que estar bem madura.
Entre outros pormenores da conversa, iam apalpando a fruta. Quero crer que esta conversa era mesmo sobre o fruto, e não sobre outra coisa qualquer.
E o que é que isto interessa!!! (Perguntar-me-iam).
Enquanto escolhia fruta numa ilha de um hiper, ouvia uma conversa entre duas senhoras, nos seus belos cinquenta, sobre o valor nutricional das bananas. Resumindo, aprendi que (veracidade científica ainda por confirmar):
É na banana muito madura que está o famigerado potássio e o que uma banana tem de melhor.Uma banana verde é puro amido, ou seja, é como comer uma batata crua. Banana para fazer bem, tem que estar bem madura.
Entre outros pormenores da conversa, iam apalpando a fruta. Quero crer que esta conversa era mesmo sobre o fruto, e não sobre outra coisa qualquer.
28 outubro 2008
O que me sabe bem
Os livros são como o vinho.
Um vinho bom é aquele que nos sabe bem na altura.
Um livro bom, também.
Se me perguntarem pelos meus livros preferidos, não hesitarei e respondo, entre outros, "Ensaio Sobre a Cegueira". Li este livro há uns nove ou dez anos atrás. É brutal, e aconselho a lerem (pelo menos tentarem). Foi o primeiro livro que li de Saramago. Nunca mais larguei o homem.
Agora vem aí o filme. Não gosto de ver os filmes dos livros que li. Mas este está-me a despertar demasiado interesse.
PS. Sempre que alguém me buzina num semáforo recordo como começa o livro.
Um vinho bom é aquele que nos sabe bem na altura.
Um livro bom, também.
Se me perguntarem pelos meus livros preferidos, não hesitarei e respondo, entre outros, "Ensaio Sobre a Cegueira". Li este livro há uns nove ou dez anos atrás. É brutal, e aconselho a lerem (pelo menos tentarem). Foi o primeiro livro que li de Saramago. Nunca mais larguei o homem.
Agora vem aí o filme. Não gosto de ver os filmes dos livros que li. Mas este está-me a despertar demasiado interesse.
PS. Sempre que alguém me buzina num semáforo recordo como começa o livro.
26 outubro 2008
(F)utilidades no feminino
Estive indecisa na compra daquele candeeiro todo xpto para um cantinho, ainda vazio, ali na sala, ia dar-lhe aquela luz, que o tornaria especial.
Estive indecisa na compra dum vestido que me piscava o olho sempre que passava por ele, ali numa montra ao virar da rua, ia dar-me uma certa luz, que me tornaria especial.
Decisão:
VESTIDO.
Andei a pavonear-me o dia todo.
Foi impressão minha, ou o dia esteve bem iluminado?
Estive indecisa na compra dum vestido que me piscava o olho sempre que passava por ele, ali numa montra ao virar da rua, ia dar-me uma certa luz, que me tornaria especial.
Decisão:
VESTIDO.
Andei a pavonear-me o dia todo.
Foi impressão minha, ou o dia esteve bem iluminado?
20 outubro 2008
13 outubro 2008
09 outubro 2008
O homem que grita baixinho
06 outubro 2008
Um gelado "Perna de Pau" só tem 100 calorias: Melhor assim. Podemos comer logo uns dois ou três
A moment on the lips, a life on the hips
A tradução: Um momento nos lábios, uma vida inteira nas ancas.
A dica prática: Como recauchutar os seus "pneus", depois dum verão "seco".
A tradução: Um momento nos lábios, uma vida inteira nas ancas.
A dica prática: Como recauchutar os seus "pneus", depois dum verão "seco".
O que eu gosto de caramelo. Muito.
Gosto muito de sabor a caramelo.
Ofereceram-me um creme com cheiro a caramelo (lá também diz sabor).
Besuntei os meus pézinhos todos. Nem por um instante, passei a gostar mais deles.
Ofereceram-me um creme com cheiro a caramelo (lá também diz sabor).
Besuntei os meus pézinhos todos. Nem por um instante, passei a gostar mais deles.
Oh! Maria Ivone! (esta é todinha para ti)
Não me consumas
Não me consumas
Não me consumas mais
Não me consumas mais
Pára de me consumir
Que tu abusas
Que tu abusas
Sempre cada vez mais
Não é fácil digerir
Pára de me consumir
Porque já estou farto
De ser o olfacto
Da tua laca e desse spray
Que é de uma marca que eu cá não sei
Ah, esses teus sais
Eu já não aguento mais
Estou enjoado do teu perfume
Esse extraído de um raro estrume
E com esse bac-stick
Não há nariz que não fique
Saturado de cheirar
Pára é de me gastar
Não me consumas
Não me consumas
Não me consumas mais
Não me consumas mais
Pára de me consumir
Que tu abusas
Que tu abusas
Sempre cada vez mais (2x)
Não é fácil digerir
Pára de me consumir
Não sou coisa nova
Para a tua moda
Não sou a trança do teu penteado
Nem o cabide do teu novo fato
Sempre gostaste de ser
A cópia do geral parecer
Não sou o espelho da tua vaidade
Nem a pastilha do teu à vontade
Não, comigo não
Não sou canal de televisão
Creme de noite, creme de dia
Um que endurece, outro que amacia
Tratas muito da fachada
Por dentro não tratas nada
Não me consumas
Não me consumas
Não me consumas
Não me consumas - António Variações
Não me consumas
Não me consumas mais
Não me consumas mais
Pára de me consumir
Que tu abusas
Que tu abusas
Sempre cada vez mais
Não é fácil digerir
Pára de me consumir
Porque já estou farto
De ser o olfacto
Da tua laca e desse spray
Que é de uma marca que eu cá não sei
Ah, esses teus sais
Eu já não aguento mais
Estou enjoado do teu perfume
Esse extraído de um raro estrume
E com esse bac-stick
Não há nariz que não fique
Saturado de cheirar
Pára é de me gastar
Não me consumas
Não me consumas
Não me consumas mais
Não me consumas mais
Pára de me consumir
Que tu abusas
Que tu abusas
Sempre cada vez mais (2x)
Não é fácil digerir
Pára de me consumir
Não sou coisa nova
Para a tua moda
Não sou a trança do teu penteado
Nem o cabide do teu novo fato
Sempre gostaste de ser
A cópia do geral parecer
Não sou o espelho da tua vaidade
Nem a pastilha do teu à vontade
Não, comigo não
Não sou canal de televisão
Creme de noite, creme de dia
Um que endurece, outro que amacia
Tratas muito da fachada
Por dentro não tratas nada
Não me consumas
Não me consumas
Não me consumas
Não me consumas - António Variações
02 outubro 2008
À vista desarmada
Fazer medições "às três pancadas": se me esticar bem, chego à lâmpada do corredor. Se me esticar mesmo muito bem, não chego a mais lâmpada nenhuma do resto da casa. Logo, posso concluir que, a altura do corredor é menor que a do resto da casa.
Já posso escolher os candeeiros.
Já posso escolher os candeeiros.
29 setembro 2008
Dia do quê?
O sr. da rádio disse: hoje, é o dia dos solteiros.
ãh!
Dia dos solteiros!
E o que raio é, o dia dos solteiros?
Uma espécie de dia dos namorados só que ao contrário.
Um dia igualzinho aos outros em que te lembram do teu estado civil.
Um dia em que deves comprar um prenda à tua própria sombra.
Um dia em que deves sair para jantar sozinho à luz de velas.
ãh!
Dia dos solteiros!
E o que raio é, o dia dos solteiros?
Uma espécie de dia dos namorados só que ao contrário.
Um dia igualzinho aos outros em que te lembram do teu estado civil.
Um dia em que deves comprar um prenda à tua própria sombra.
Um dia em que deves sair para jantar sozinho à luz de velas.
28 setembro 2008
A queda da folha
Esta é a altura do ano em que a casa dos carecas anda mais limpa que a dos outros.
Desenganem-se, os carecas não se tornam mais asseados no Outono, nada disso.
A ausência de cabelo é nesta altura muito bem vinda. Exceptuado o caso dos carecas exageradamente peludos, aí o aspirador torna-se o melhor amigo do ser peludo.
Desenganem-se, os carecas não se tornam mais asseados no Outono, nada disso.
A ausência de cabelo é nesta altura muito bem vinda. Exceptuado o caso dos carecas exageradamente peludos, aí o aspirador torna-se o melhor amigo do ser peludo.
24 setembro 2008
18 setembro 2008
Se eu tivesse
Se eu tivesse asas, voava, voava, voava, até te encontrar. Depois, deixava-me cair, assim, como que, por cansaço.
(Seria uma queda suave e trapalhona, como eu. Talvez te deslocasse uma omoplata).
(Seria uma queda suave e trapalhona, como eu. Talvez te deslocasse uma omoplata).
15 setembro 2008
Se eu soubesse
Se eu soubesse dançar, dançava(te) Pink Martini a noite inteira.
Se eu soubesse cantar, cantava(te) Five Minutes of Everything.
Se eu soubesse escrever, escrevia(te) cartas de amor.
Se eu soubesse cantar, cantava(te) Five Minutes of Everything.
Se eu soubesse escrever, escrevia(te) cartas de amor.
10 setembro 2008
Dragon Ball - Fuuuuuuuuuuuuuuuuusão!!!!
09 setembro 2008
Bigger, Faster, Stronger
Bigger - A comer bolacha maria que nem um desalmada;
Faster - consigo passar para o segundo pacote em menos de 15 minutos;
Stronger - Sinto-me cheia de força para continuar com o terceiro pacote.
Faster - consigo passar para o segundo pacote em menos de 15 minutos;
Stronger - Sinto-me cheia de força para continuar com o terceiro pacote.
03 setembro 2008
Contra-senso
Tenderemos (normalmente ou à força) a aproximarmo-nos (voluntariamente) de pessoas, não por aquilo que aparentemente nos possam "dar", mas por aquilo que "julgamos", não nos poderem "tirar".
01 setembro 2008
Refeita
Nada melhor do que, uma última semana de férias a estafar o corpo para descansar a cabeça.
Nada melhor do que, começar a trabalhar para repor alguma ordem no meu reino de responsabilidade.
Nada melhor do que, começar a trabalhar para repor alguma ordem no meu reino de responsabilidade.
27 agosto 2008
08 agosto 2008
07 agosto 2008
Bons conselhos, vá, muito bons conselhos
Exame Visual
No exame visual são analisadas as características de limpidez e de cor... comece por olhar..., se possível a uma luz consideravelmente boa... pode aliviar um pouco a sua tarefa... segurando-o na vertical e olhando-o ao nível dos olhos.
Exame Olfactivo
O exame olfactivo é composto pela análise da intensidade, da qualidade e pela caracterização do cheiro. Antes de aproximar o nariz ... deve-se olhar primeiro. Nesta fase deverá começar por agitar... O principal objectivo desta operação é arejar...para permitir que...liberte os seus compostos voláteis (cheiros e aromas). Posteriormente aproxime o nariz...e aspire. De seguida, agite novamente... em círculo, aproxime ainda mais o nariz aspire mais profundamente. Algumas pessoas consideram que uma inalação profunda é mais eficaz do que várias aspirações curtas e rápidas, portanto o melhor será recorrer à técnica que se adequar melhor a si.
Exame Gustativo
No exame gustativo é analisada a intensidade, a qualidade, o equilíbrio e a persistência... Tome um gole generoso, mas sem ficar com a boca tão cheia que lhe provoque o reflexo de engolir imediatamente. Saboreie os gostos... lentamente dentro da boca de modo a permitir que ele atinja todas as papilas gustativas. Em seguida, se estiver à vontade para isso, entreabra os lábios e sorva um pouco de ar. Esta acção, ainda que ruidosa, areja... tal como a anterior rotação... desde o fundo da sua boca até ao bolbo olfactivo (o órgão que se localiza no alto e na base do nariz). Quando sentir que captou uma imagem dos sabores e do sentido... engula-o ou cuspa. Resta então, apreciar o travo final que permanece na boca durante alguns segundos e que normalmente é muito agradável.
É a combinação de todos estes factores que determina a apreciação final...
Temperatura
A temperatura...tem uma função preponderante nas suas qualidades organolépticas.
Há determinadas temperaturas que não nos permitem tirar o melhor partido... Por exemplo os aromas e o bouquet permanecem exaltados...No que concerne ao sabor, temperaturas muito baixas... adormecem o paladar. Assim, a melhor forma de avaliar a temperatura... é, inequivocamente, o recurso a um termómetro específico.
No Inverno, quando pretender obter a temperatura ideal..., pode colocá-lo com antecedência na sala.... Se pretender acelerar este processo, recorra ao pano molhado em água quente... No entanto, se a escolha recaiu sobre um ... branco jovem deverá mantê-lo dentro de um balde...
Este texto é sobre vinhos senhores, sobre vinhos.
Texto completo tirado daqui Uma prova de vinho deve basear-se em três factores primordiais: o aspecto, o cheiro e o paladar.
OBS: Parece-me perfeito para ser aplicado em seres humanos, também.
No exame visual são analisadas as características de limpidez e de cor... comece por olhar..., se possível a uma luz consideravelmente boa... pode aliviar um pouco a sua tarefa... segurando-o na vertical e olhando-o ao nível dos olhos.
Exame Olfactivo
O exame olfactivo é composto pela análise da intensidade, da qualidade e pela caracterização do cheiro. Antes de aproximar o nariz ... deve-se olhar primeiro. Nesta fase deverá começar por agitar... O principal objectivo desta operação é arejar...para permitir que...liberte os seus compostos voláteis (cheiros e aromas). Posteriormente aproxime o nariz...e aspire. De seguida, agite novamente... em círculo, aproxime ainda mais o nariz aspire mais profundamente. Algumas pessoas consideram que uma inalação profunda é mais eficaz do que várias aspirações curtas e rápidas, portanto o melhor será recorrer à técnica que se adequar melhor a si.
Exame Gustativo
No exame gustativo é analisada a intensidade, a qualidade, o equilíbrio e a persistência... Tome um gole generoso, mas sem ficar com a boca tão cheia que lhe provoque o reflexo de engolir imediatamente. Saboreie os gostos... lentamente dentro da boca de modo a permitir que ele atinja todas as papilas gustativas. Em seguida, se estiver à vontade para isso, entreabra os lábios e sorva um pouco de ar. Esta acção, ainda que ruidosa, areja... tal como a anterior rotação... desde o fundo da sua boca até ao bolbo olfactivo (o órgão que se localiza no alto e na base do nariz). Quando sentir que captou uma imagem dos sabores e do sentido... engula-o ou cuspa. Resta então, apreciar o travo final que permanece na boca durante alguns segundos e que normalmente é muito agradável.
É a combinação de todos estes factores que determina a apreciação final...
Temperatura
A temperatura...tem uma função preponderante nas suas qualidades organolépticas.
Há determinadas temperaturas que não nos permitem tirar o melhor partido... Por exemplo os aromas e o bouquet permanecem exaltados...No que concerne ao sabor, temperaturas muito baixas... adormecem o paladar. Assim, a melhor forma de avaliar a temperatura... é, inequivocamente, o recurso a um termómetro específico.
No Inverno, quando pretender obter a temperatura ideal..., pode colocá-lo com antecedência na sala.... Se pretender acelerar este processo, recorra ao pano molhado em água quente... No entanto, se a escolha recaiu sobre um ... branco jovem deverá mantê-lo dentro de um balde...
Este texto é sobre vinhos senhores, sobre vinhos.
Texto completo tirado daqui Uma prova de vinho deve basear-se em três factores primordiais: o aspecto, o cheiro e o paladar.
OBS: Parece-me perfeito para ser aplicado em seres humanos, também.
06 agosto 2008
Como é, como agir, quando fugir
Eu gostava de ter um manual de intruções, completo. O meu manual de intruções.
Pouparia imensas pessoas e poupar-me-ia de outras tantas.
Se alguém questionasse as minhas capacidades ou de que matéria sou feita, entregava a minha ficha técnica e voila;
Se algo se quebrasse ou entortasse, haveria um manual de corta de cose ou monta e cola, e pufh! Como nova!
Em dias menos bons, distribuiria a minha ficha de segurança e estariam a salvo.
Pouparia imensas pessoas e poupar-me-ia de outras tantas.
Se alguém questionasse as minhas capacidades ou de que matéria sou feita, entregava a minha ficha técnica e voila;
Se algo se quebrasse ou entortasse, haveria um manual de corta de cose ou monta e cola, e pufh! Como nova!
Em dias menos bons, distribuiria a minha ficha de segurança e estariam a salvo.
01 agosto 2008
Às Mulheres (e aos homens)
Estas de quem gosto na blogosfera:
À Caos, à Vanus, à Purita, à Mlee, à Min, à Maria Manuela, à Hothotheart, à Ariana Luna, à F Word, à M&M
E estas, na vida real:
Amigas de Sempre à Manu, à Carla, à Ana, à Lena.
28 julho 2008
Levanta-te que eu já te apanho
As mulheres são muito duras umas com as outras.
A dureza no seu pior.
Pode ser tão duro como violento. É sabendo o ponto fraco da outra, que se atinge o ponto alto da agressão.
Nunca haverá uma mulher perfeita enquanto houver outra mulher para lhe apontar o dedo.
Lutam umas com as outras, por tudo e por nada. Por tudo, vezes o nada. Criticam-se, humilham-se, apontam-se, acusam-se, odeiam-se, esgotam-se, provocam-se.
Quase sempre gratuitamente. Ou a troco de merda nenhuma. Pior ainda quando é, a troco de "um merdas qualquer".
(Quem é que falou em solidariedade, sabedoria e sensibilidade feminina?)
A dureza no seu pior.
Pode ser tão duro como violento. É sabendo o ponto fraco da outra, que se atinge o ponto alto da agressão.
Nunca haverá uma mulher perfeita enquanto houver outra mulher para lhe apontar o dedo.
Lutam umas com as outras, por tudo e por nada. Por tudo, vezes o nada. Criticam-se, humilham-se, apontam-se, acusam-se, odeiam-se, esgotam-se, provocam-se.
Quase sempre gratuitamente. Ou a troco de merda nenhuma. Pior ainda quando é, a troco de "um merdas qualquer".
(Quem é que falou em solidariedade, sabedoria e sensibilidade feminina?)
27 julho 2008
Levanta-te e anda
As mulheres são muito duras umas com as outras.
A dureza pela positiva, em que uma faz de espada a outra faz de escudo.
Ou as duas de espada.
Raramente as duas de escudo, na mesma causa.
Exigem igual desempenho.
É uma espécie de "levanta-te e anda", entre a que sabe, porque o faz ou fez, e a que sabe mas que ainda não tentou.
Há uma vigília silenciosa, só para saber se vai tudo bem.
Solidariedade, sabedoria e sensibilidade feminina.
A dureza pela positiva, em que uma faz de espada a outra faz de escudo.
Ou as duas de espada.
Raramente as duas de escudo, na mesma causa.
Exigem igual desempenho.
É uma espécie de "levanta-te e anda", entre a que sabe, porque o faz ou fez, e a que sabe mas que ainda não tentou.
Há uma vigília silenciosa, só para saber se vai tudo bem.
Solidariedade, sabedoria e sensibilidade feminina.
21 julho 2008
16 julho 2008
O meu "Anjo Urbano"
Declaro, hoje, tréguas às cabeleireiras(os).
Melhor, rendo-me a estes senhores Anjos Urbanos.
Este nome assenta-lhes bem. Homens e mulheres cheios de tatuagens, piercings e com as cabeças rapadas. O olhar é meigo.
O "anjo" que me calhou, fez-me feliz, era um homem. Mas os anjos não têm sexo. É pena. Era menina para lhe escrever uma carta de amor.
Ameaçou fazer-me um penteado aborígene, retalhou-me o cabelo todo, e desta vez, não tive pena alguma. Fiquei o resto do dia com um sorriso parvo estampado no rosto, e uma vontade enorme de conquistar a metade do mundo que me falta.
Por falar em sorrisos e não são "emprestados".
A minha caixa de correio também continha sorrisos.
Obrigada.
Há pessoas que aparecem do nada para mudar quase tudo. Certo é, que nunca o chegarão a saber, mesmo que nos esforcemos para lhes explicar, mas nunca da forma como nós o sentimos.
15 julho 2008
Riu piu piu pardais a voar
Então cá vai o desabafo, antes que me faça velha com o que me apoquenta:
Meu caro Luís é a ti mesmo a quem vou por as culpas.
(Tem paciência mas ficas bem neste quadro).
Parte I
Luís (ao telefone)- Então miúda estás boa?
Eu - Olá Luís, bem obrigada, há muito que não me ligavas! Há novidades?
Luís - Nada de especial, só para saber como estás e lembrar-te que o teu carro está com 42.000 km, que deves ir à revisão dos 40.000 e que vais levar um raspanete por eu não te ter lembrado que também não fizeste a revisão dos 20.000 km. Desculpa.
Parte II
Luís (ao telefone)- Olá estás boa?
Eu - Sim. Tudo em ordem. Então que me contas?
Luis - Hummmm... eu...pois... eu já te deveria ter ligado antes a avisar...hummm... sabes... aquele armário pelo qual pagaste uma pipa de massa, que vai ser uma sapateira mas que tu não querias que tivesse aspecto de sapateira... hummm...e que até mandaste fazer noutra madeira e cor.... vais odiá-la. Desculpa, eu deveria ter-te avisado, vai ficar mesmo com cara de sapateira.
Pronto(s) a culpa é do Luis.
Meu caro Luís é a ti mesmo a quem vou por as culpas.
(Tem paciência mas ficas bem neste quadro).
Parte I
Luís (ao telefone)- Então miúda estás boa?
Eu - Olá Luís, bem obrigada, há muito que não me ligavas! Há novidades?
Luís - Nada de especial, só para saber como estás e lembrar-te que o teu carro está com 42.000 km, que deves ir à revisão dos 40.000 e que vais levar um raspanete por eu não te ter lembrado que também não fizeste a revisão dos 20.000 km. Desculpa.
Parte II
Luís (ao telefone)- Olá estás boa?
Eu - Sim. Tudo em ordem. Então que me contas?
Luis - Hummmm... eu...pois... eu já te deveria ter ligado antes a avisar...hummm... sabes... aquele armário pelo qual pagaste uma pipa de massa, que vai ser uma sapateira mas que tu não querias que tivesse aspecto de sapateira... hummm...e que até mandaste fazer noutra madeira e cor.... vais odiá-la. Desculpa, eu deveria ter-te avisado, vai ficar mesmo com cara de sapateira.
Pronto(s) a culpa é do Luis.
14 julho 2008
Riu piu piu pardais ao ninho
Que bem que sabe esta "merdinhanha" da liberdade, e do fazer o que se quer (que não é liberdade) e o poder, e o fazer, e melhor, o poder fazer com toda a liberdade. E somos rainhas e senhoras do nosso meio mundo.
Pois claro. E quando é preciso por as culpas em alguém, nada. Ficamos com elas. Lá está, nem isto para partilhar.
Pois claro. E quando é preciso por as culpas em alguém, nada. Ficamos com elas. Lá está, nem isto para partilhar.
06 julho 2008
A não vontade
Não é fuga.
Não é falta do que escrever.
Não é falta do que partilhar.
A culpa é da vontade.
A imensa e egoísta falta de vontade de partilha.
"Tenho medo que a liberdade se torne um vício"
In Rio das Flores - Miguel Sousa Tavares
Não é falta do que escrever.
Não é falta do que partilhar.
A culpa é da vontade.
A imensa e egoísta falta de vontade de partilha.
"Tenho medo que a liberdade se torne um vício"
In Rio das Flores - Miguel Sousa Tavares
27 junho 2008
25 junho 2008
Terapia de choque
Se és aclofóbico*, vai para praia de Leça da Palmeira todos os Domingos.
Se és afefóbico*, vai ao baile de São João a Miragaia.
Se és enofóbico*, sai com os amigos e exige que cada um leve uma garrafa de vinho e a noite só termina com a última gota bebida.
Se és homofóbico*, vai até ao Bar Lusitano todos os Sábados.
Se és lacanofóbico*, vai almoçar ao vegetariano e jantar sushi.
Se és licerefóbico*, envia o CV para a empresa onde eu trabalho.
Se és parasitofóbico*, agarra-te a todos os cães vadios que encontrares na rua.
Nenhuma destas fobias sou eu.
Depois de devidamente identificado e testemunhado o meu "medo", ainda sem nome no glossário das fobias, sou a próxima candidata à terapia de choque.
*
Aclofobia = aversão e medo mórbido irracional, desproporcional e persistente de multidões.
Afefobia = aversão e medo mórbido irracional, desproporcional e persistente de ser tocado.
Enofobia = aversão e medo mórbido irracional, desproporcional persistente e repugnante ao vinho.
Homofobia = aversão e medo mórbido irracional, desproporcional persistente e repugnante da monotonia ou da homossexualidade ou de se tornar homossexual.
Lacanofobia = aversão e medo mórbido irracional, desproporcional persistente e repugnante dos vegetais, verduras.
Licerephobia = aversão e medo mórbido irracional, desproporcional persistente e repugnante ao lazer.
Parasitofobia = aversão e medo mórbido irracional, desproporcional persistente e repugnante de parasitas.
Se és afefóbico*, vai ao baile de São João a Miragaia.
Se és enofóbico*, sai com os amigos e exige que cada um leve uma garrafa de vinho e a noite só termina com a última gota bebida.
Se és homofóbico*, vai até ao Bar Lusitano todos os Sábados.
Se és lacanofóbico*, vai almoçar ao vegetariano e jantar sushi.
Se és licerefóbico*, envia o CV para a empresa onde eu trabalho.
Se és parasitofóbico*, agarra-te a todos os cães vadios que encontrares na rua.
Nenhuma destas fobias sou eu.
Depois de devidamente identificado e testemunhado o meu "medo", ainda sem nome no glossário das fobias, sou a próxima candidata à terapia de choque.
*
Aclofobia = aversão e medo mórbido irracional, desproporcional e persistente de multidões.
Afefobia = aversão e medo mórbido irracional, desproporcional e persistente de ser tocado.
Enofobia = aversão e medo mórbido irracional, desproporcional persistente e repugnante ao vinho.
Homofobia = aversão e medo mórbido irracional, desproporcional persistente e repugnante da monotonia ou da homossexualidade ou de se tornar homossexual.
Lacanofobia = aversão e medo mórbido irracional, desproporcional persistente e repugnante dos vegetais, verduras.
Licerephobia = aversão e medo mórbido irracional, desproporcional persistente e repugnante ao lazer.
Parasitofobia = aversão e medo mórbido irracional, desproporcional persistente e repugnante de parasitas.
20 junho 2008
Embrulha e leva para casa
"Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas. Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la. Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível. A culpa é minha. O que for incompreensível não é mesmo para se perceber. Não é por falta de clareza. Serei muito claro. Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo.
"O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria. Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo".
O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas. Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas.
Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?
O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar.
O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente.
O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a Vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também."
Miguel Esteves Cardoso, in Expresso
P.S.- Enviaram-me isto por mail, em jeito de resposta ao meu post anterior.
Sabendo ela o quanto gosto (gostamos) do MEC.
Sabendo ela, e somente pelo facto de ser uma mulher, que as palavras escritas no post anterior não podem ser, totalmente, sentidas.
OBRIGADA A TI M.
"O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria. Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo".
O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas. Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas.
Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?
O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar.
O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente.
O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a Vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também."
Miguel Esteves Cardoso, in Expresso
P.S.- Enviaram-me isto por mail, em jeito de resposta ao meu post anterior.
Sabendo ela o quanto gosto (gostamos) do MEC.
Sabendo ela, e somente pelo facto de ser uma mulher, que as palavras escritas no post anterior não podem ser, totalmente, sentidas.
OBRIGADA A TI M.
17 junho 2008
2 em 1 . Nãhh.
Apaixonar-me não está nos meus planos de amor.
Amar não está nos meus planos de paixão.
(Serei castigada, pelas palavras que escrevo, por essa entidade superior a que alguns chamam deus e os outros destino/sorte)
Amar não está nos meus planos de paixão.
(Serei castigada, pelas palavras que escrevo, por essa entidade superior a que alguns chamam deus e os outros destino/sorte)
16 junho 2008
14 junho 2008
12 junho 2008
Papo os escurinhos amanhã
Acabou de chegar uma caixa de chocolates da Suíça.
Não sou muito "chocolateira". Excepto se: for chocolate branco.
Abri a caixa e papei cinco albinos.
Não sou muito "chocolateira". Excepto se: for chocolate branco.
Abri a caixa e papei cinco albinos.
Cérebro "Esquisito" *
Não sei se é velhice ou mania de superioridade intelectual do meu cérebro. Em conversa com determinadas pessoas o meu cérebro fica adormecido. Nem sequer viajo para outro lado qualquer. Estou ali a olhar para aquela personagem que fala e gesticula e que não me desperta qualquer interesse. O cérebro diz «Não quero saber» e adormece, às vezes acorda com o som do próprio ressonar.
*A propósito da receita do "frango esquisito"
*A propósito da receita do "frango esquisito"
11 junho 2008
Quero mais assim
A diferença entre ouvir música em casa e música ao vivo é basicamente a mesma entre, estar em casa e ver um sol fabuloso lá fora e ir lá para fora apanhar sol.
Ir a concertos, de música que se gosta, é permitir que ela entre pelos cinco sentidos a dentro.
Este foi muito bom.
Ontem no Coliseu do Porto ouviu-se Feist.
A primeira parte do espectáculo foi da banda neozelandesa Lawrence Arabia. Uns rapazes animados e não estiveram nada desenquadrados.
Deixo aqui esta, apesar de ser das mais comerciais. Para quem está atento a estas coisas da publicidade, esta música apareceu numa campanha de televisão de um perfume, de uma famigerada marca que tem um crocodilo como símbolo.
Ir a concertos, de música que se gosta, é permitir que ela entre pelos cinco sentidos a dentro.
Este foi muito bom.
Ontem no Coliseu do Porto ouviu-se Feist.
A primeira parte do espectáculo foi da banda neozelandesa Lawrence Arabia. Uns rapazes animados e não estiveram nada desenquadrados.
Deixo aqui esta, apesar de ser das mais comerciais. Para quem está atento a estas coisas da publicidade, esta música apareceu numa campanha de televisão de um perfume, de uma famigerada marca que tem um crocodilo como símbolo.
10 junho 2008
Momento Anti Pub
Sou péssima cozinheira.
Estou quase a auto promover-me a melhor cozinheira que algum dia tive em casa.
Estou quase a auto promover-me a melhor cliente dos meus próprios petiscos.
E nunca ninguém gostará tanto da comida que faço como eu.
Estou quase a auto promover-me a melhor cozinheira que algum dia tive em casa.
Estou quase a auto promover-me a melhor cliente dos meus próprios petiscos.
E nunca ninguém gostará tanto da comida que faço como eu.
08 junho 2008
Menos mal
Parti seis copos de vinho em três segundos (menos mal, sobraram dois);
Armei-me em espia e fui descoberta em flagrante (menos mal, em seis só um me viu a careca);
O fim de semana de festas era tão preenchido que perdi o fio à meada (menos mal, foi sempre em boa companhia);
Roubaram-me um tampão do carro (menos mal, sobraram três);
Parti um espelho, acabadinho de comprar (menos mal, partiu o lado que aumenta imperfeições).
Armei-me em espia e fui descoberta em flagrante (menos mal, em seis só um me viu a careca);
O fim de semana de festas era tão preenchido que perdi o fio à meada (menos mal, foi sempre em boa companhia);
Roubaram-me um tampão do carro (menos mal, sobraram três);
Parti um espelho, acabadinho de comprar (menos mal, partiu o lado que aumenta imperfeições).
06 junho 2008
03 junho 2008
HOJE
Se eu fosse um vinho, estaria a estagiar numa pipa de carvalho.
Se eu fosse uma música, seria uma versão acústica.
Se eu fosse uma música, seria uma versão acústica.
31 maio 2008
No pior, esteve no seu "melhor"
Ontem, assisti ao vivo e a cores, ao melhor e ao pior, que um ser humano nos pode brindar.
No pior esteve no seu "melhor".
No melhor faltou-lhe a energia gasta no seu pior.
Seja como for, e porque gosto de pessoas assumidas, adorei este pequeno/grande concerto.
Aqui a vedeta também confirmou presença e não foi sozinha, levou a gripe com ela.
29 maio 2008
1bigo
É-me inevitável falar novamente disto.
Os perfeitos umbiguistas.
Os verdadeiros: eu isto, eu aquilo, eu acoloutro, eu mais eu, eu sou, eu, eu, eu, eu, e o meu umbigo, eu e o mundo que gira à minha volta, eu é que sou.
Não falo do exercício normal de falar na primeira pessoa. Falo do malabarismo de quem fala como se fosse o ponto geodésico de tudo.
Tenho por mim, um ser paciente e pacífico (aqui até prova de contrário). Mas com um estômago fraquinho, fraquinho para digestão de enormes eus.
Aborrecem-me.
Falar com umbiguistas, acaba por nem ser falar. É um monologo. Ouvimos, ouvimos e afinal não querem a nossa opinião para nada. Querem-nos ali para recarregar o seu eu, já enorme.
Não aprendo nada com estes eus. Mas reforço sempre a minha definição a relativa e a absoluta de espaço. E com quem o devo partilhar.
Os perfeitos umbiguistas.
Os verdadeiros: eu isto, eu aquilo, eu acoloutro, eu mais eu, eu sou, eu, eu, eu, eu, e o meu umbigo, eu e o mundo que gira à minha volta, eu é que sou.
Não falo do exercício normal de falar na primeira pessoa. Falo do malabarismo de quem fala como se fosse o ponto geodésico de tudo.
Tenho por mim, um ser paciente e pacífico (aqui até prova de contrário). Mas com um estômago fraquinho, fraquinho para digestão de enormes eus.
Aborrecem-me.
Falar com umbiguistas, acaba por nem ser falar. É um monologo. Ouvimos, ouvimos e afinal não querem a nossa opinião para nada. Querem-nos ali para recarregar o seu eu, já enorme.
Não aprendo nada com estes eus. Mas reforço sempre a minha definição a relativa e a absoluta de espaço. E com quem o devo partilhar.
28 maio 2008
O meu puto faz anos
Hoje o mano J. faz 24 anos.
É a criatura onde gasto e desgasto todo o meu instinto maternal. E se, até há bem pouco tempo ainda não tinha saído debaixo das asinhas da mãe e do pai, agora tomou asas e veio aterrar a dezena e meia de km de mim. Escusado será dizer que, não dá um traque sem me ligar a dizer ao que cheira, e eu, lá vou dizendo que o melhor é arejar o local ou deixar de comer couves.
Lembro-me do dia em que esta criatura chegou lá a casa,tinha eu 9 anos. Havia familiares e amigos à espera do pequeno príncipezinho. Era dia de festa, mas para mim, que acabara de perder o posto de menina-mimada-e-de-muitas-atenções, estava em estado de alerta, para ver a bicheza real.
Começaram os comentários de "ai, é a cara do pai...ai, é a cara da irmã L..., ai é todo o pai..."
E eu pensava "e meu nada, não tem nada parecido comigo?"
E aquilo continuava "ai é parecido com a irmã L... e o nariz é do pai..."
Fiquei-lhe cá com uma gana! Mas passou rapidamente. E fui irmã e fui um bocadinho de mãe e confidente até aos dias de hoje.
Continuamos a não ter nada de comum fisicamente. Mas há comportamentos de carácter que não negam.
Parabéns.
É a criatura onde gasto e desgasto todo o meu instinto maternal. E se, até há bem pouco tempo ainda não tinha saído debaixo das asinhas da mãe e do pai, agora tomou asas e veio aterrar a dezena e meia de km de mim. Escusado será dizer que, não dá um traque sem me ligar a dizer ao que cheira, e eu, lá vou dizendo que o melhor é arejar o local ou deixar de comer couves.
Lembro-me do dia em que esta criatura chegou lá a casa,tinha eu 9 anos. Havia familiares e amigos à espera do pequeno príncipezinho. Era dia de festa, mas para mim, que acabara de perder o posto de menina-mimada-e-de-muitas-atenções, estava em estado de alerta, para ver a bicheza real.
Começaram os comentários de "ai, é a cara do pai...ai, é a cara da irmã L..., ai é todo o pai..."
E eu pensava "e meu nada, não tem nada parecido comigo?"
E aquilo continuava "ai é parecido com a irmã L... e o nariz é do pai..."
Fiquei-lhe cá com uma gana! Mas passou rapidamente. E fui irmã e fui um bocadinho de mãe e confidente até aos dias de hoje.
Continuamos a não ter nada de comum fisicamente. Mas há comportamentos de carácter que não negam.
Parabéns.
Se for para isso, então vale mesmo a pena
Apesar de não estar a trabalhar, vi hoje a "nova versão" dos carros da empresa para a qual trabalho. Fiquei um bocadinho chocada. Vamos parecer funcionários do serviço técnico da Galp. Ele é laranja por todo o lado.
Enfim, desde que não me obriguem a usar uns mini-calções! E se derem? Vão chegar à conclusão que, o melhor é darem-me também um bom par de pernas iguais às da menina do anúncio.
Enfim, desde que não me obriguem a usar uns mini-calções! E se derem? Vão chegar à conclusão que, o melhor é darem-me também um bom par de pernas iguais às da menina do anúncio.
27 maio 2008
Por falar em caça
Existem dois tipos de homens (sentido lato):
Os Coelheiros e os Perdigueiros;
Uns, correm atrás de;
Os outros, esperam que caia.
Existem dois tipos de mulheres (sentido literal):
As que te fogem;
E as que te caem no prato.
Os Coelheiros e os Perdigueiros;
Uns, correm atrás de;
Os outros, esperam que caia.
Existem dois tipos de mulheres (sentido literal):
As que te fogem;
E as que te caem no prato.
21 maio 2008
QUEM TEM CU, TEM MEDO
Comer pasteis de nata aumenta o medo.
As magras são mais afoitas.
Se eu tiver que fazer dieta é porque o meu medo já não cabe nas calças.
As magras são mais afoitas.
Se eu tiver que fazer dieta é porque o meu medo já não cabe nas calças.
19 maio 2008
Environment Safety and Visitors Instructions
Saber tudo sem saber o essencial?
Sei as regras do jogo. Mas não sei jogar.
Não tenho qualquer pretensão em discutir, esclarecer ou definir teorias sobre o ser humano. Escrevo do que sei e essencialmente do que sou. E muito do que eu quero.
Como ser humano sou demasiado básica.
Como mulher não sei jogar.
Raramente me divirto como jogadores (as) natos (as).
Conheço e reconheço o jogo, mas não sei jogar. Não defino táctica e tão pouco estratégia em relação aos outros.
Sou a Rainha do meu xadrez. Mas esqueço-me de que qualquer Cavalo me pode deitar a baixo.
Sei as regras do jogo. Mas não sei jogar.
Não tenho qualquer pretensão em discutir, esclarecer ou definir teorias sobre o ser humano. Escrevo do que sei e essencialmente do que sou. E muito do que eu quero.
Como ser humano sou demasiado básica.
Como mulher não sei jogar.
Raramente me divirto como jogadores (as) natos (as).
Conheço e reconheço o jogo, mas não sei jogar. Não defino táctica e tão pouco estratégia em relação aos outros.
Sou a Rainha do meu xadrez. Mas esqueço-me de que qualquer Cavalo me pode deitar a baixo.
18 maio 2008
Mulher não é bicho complicado, se disser o que quer
Não mandem postais, nem cartas, nem músicas, tão pouco pombos correio.
Falem. Digam a essa mulher, àquela que realmente interessa, o quanto gostam dela. Se for verdade. Se for sentido. Se for com honestidade.
Falar, dizer, verbalmente com som. Outras formas estão excluídas.
Uma mulher precisa de ouvir o quanto gostam dela. O quanto sentem falta. Como está bonita, como cheira bem, como lhe ficam bem essas calças, que gostam da sua ponta do nariz, ou das sobrancelhas, ou do dedo mindinho do pé esquerdo.
Uma mulher precisa de ouvir. Não quer deduzir. Nem mensagens subliminares que, tanto servem a uma como a vinte e uma.
A outra GRANDE hipótese é fazerem de conta que morreram, só para que ela continue a viver.
Falem. Digam a essa mulher, àquela que realmente interessa, o quanto gostam dela. Se for verdade. Se for sentido. Se for com honestidade.
Falar, dizer, verbalmente com som. Outras formas estão excluídas.
Uma mulher precisa de ouvir o quanto gostam dela. O quanto sentem falta. Como está bonita, como cheira bem, como lhe ficam bem essas calças, que gostam da sua ponta do nariz, ou das sobrancelhas, ou do dedo mindinho do pé esquerdo.
Uma mulher precisa de ouvir. Não quer deduzir. Nem mensagens subliminares que, tanto servem a uma como a vinte e uma.
A outra GRANDE hipótese é fazerem de conta que morreram, só para que ela continue a viver.
16 maio 2008
É-pra-ca-aprendas
Deitar às três da manhã ainda a comemorar. É muito bom.
Levantar às cinco da manhã a ressacar. É muito mau.
Ir para Lisboa em trabalho. E chegar às 9h. É violento.
Almoço/reunião em Sintra e comer Maranhos. É ficar mal disposta.
Passar cinco horas na empresa a discutir estratégia. É f_d_do.
Ir de Sintra a Lisboa em menos de 30 minutos. É impensável.
Chegar a casa às 23:30. É desumano.
Levantar às cinco da manhã a ressacar. É muito mau.
Ir para Lisboa em trabalho. E chegar às 9h. É violento.
Almoço/reunião em Sintra e comer Maranhos. É ficar mal disposta.
Passar cinco horas na empresa a discutir estratégia. É f_d_do.
Ir de Sintra a Lisboa em menos de 30 minutos. É impensável.
Chegar a casa às 23:30. É desumano.
14 maio 2008
DIZ, TRINTA E TRÊS

33 trinta e três 33 thirty three 33 trinta-e-três 33 treinte tres 33 TRINTA E TRÊS 33 trente trois 33 t-r-i-n-ta-e-t-r-ê-s 33 trenta tres 33 trinta e três 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33
13 maio 2008
Stress pós-traumático, depois de anunciada a lista de não conformidades
Qual a probabilidade deste filme se passar, com o pai a mãe e o irmão a assistir?
A mãe não falou, o pai disse, «não foi nada», o irmão só não riu para eu não chorar.
A mãe não falou, o pai disse, «não foi nada», o irmão só não riu para eu não chorar.
08 maio 2008
Chá de camomila para esta mesa, pf
Confirma-se.
A ASAE vem aí, com bagagem para três dias, fazer uma visita/inspecção. Com aviso, para o próximo fim de semana.
Esclareço: ASAE = os meus queridos progenitores.
Quais fiscais impiedosos, munidos de ideias e fitas métricas, olho clínico e visão raio x.
O meu pai vai descobrir a parede semi-destruída, por mim, só porque me atrevi a fazer uma pequena experiência com um berbequim e o meu pulso não foi firme o suficiente.
A minha mãe vai fazer planos e medições para os futuros cortinados, a condizer com as costuras das almofadas + o tapete + os móveis + a altura, vezes a largura, a multiplicar pelas vezes que eu abrir a janela.
Haverá relatório das não-conformidades, na certa.
A ASAE vem aí, com bagagem para três dias, fazer uma visita/inspecção. Com aviso, para o próximo fim de semana.
Esclareço: ASAE = os meus queridos progenitores.
Quais fiscais impiedosos, munidos de ideias e fitas métricas, olho clínico e visão raio x.
O meu pai vai descobrir a parede semi-destruída, por mim, só porque me atrevi a fazer uma pequena experiência com um berbequim e o meu pulso não foi firme o suficiente.
A minha mãe vai fazer planos e medições para os futuros cortinados, a condizer com as costuras das almofadas + o tapete + os móveis + a altura, vezes a largura, a multiplicar pelas vezes que eu abrir a janela.
Haverá relatório das não-conformidades, na certa.
05 maio 2008
Tu não tens pés, diria a minha irmã, tens barbatanas
Alguns acharão imprudência. Algumas intender-me-ão na perfeição.
Hoje, ao fim de um dia de trabalho a sair-me da pele, tive que tirar os sapatos enquanto conduzia de regresso a casa. Numa operação rápida, simples e eficaz.
O dia foi duro demais para os sapatos semi-novos (sim, "semi", porque depois de 12 horas deixaram de ser novos).
Há muito que não conduzia descalça. A primeira impressão dos pés nus a tocar nos pedais é estranha e até pensei: «elá, dois pés e três pedais?!». Depois, as pontas dos pés ganham o jeito e comandam tudo, como se nunca tivessem feito outra coisa na vida.
Os últimos 72km de regresso a casa foram bem mais folgados.
Hoje, ao fim de um dia de trabalho a sair-me da pele, tive que tirar os sapatos enquanto conduzia de regresso a casa. Numa operação rápida, simples e eficaz.
O dia foi duro demais para os sapatos semi-novos (sim, "semi", porque depois de 12 horas deixaram de ser novos).
Há muito que não conduzia descalça. A primeira impressão dos pés nus a tocar nos pedais é estranha e até pensei: «elá, dois pés e três pedais?!». Depois, as pontas dos pés ganham o jeito e comandam tudo, como se nunca tivessem feito outra coisa na vida.
Os últimos 72km de regresso a casa foram bem mais folgados.
04 maio 2008
Muita fama, algum proveito
Não há "bicho careto"* que convide para jantar cá em casa, que não se lembre de trazer uma garrafita de vinho. Da fama não me livro, já do proveito...
Vou continuar a convidar prazeirosamente os meus bons amigos para cá virem. Mas, na próxima jantarada, que tragam a comida, do vinho trato eu.
Desta vez trouxeram Lapadas**. O nome não me augurava nada de bom, uma lapada*** na minha terra, não é coisa boa para se oferecer a ninguém.
Não colocaria esta bebida na minha carta de vinhos, talvez na de refrigerantes. Seja como for, o nome, Lapadas**, percebe-se bem, depois de o beber. É de tombar, depois de uma lapada*** destas.
*("bicho careto" - expressão transmontana, aqui, significa qualquer um...
"Os Caretos, representam imagens diabólicas e misteriosas que todos os anos desde épocas que se perdem no tempo, saem à rua nas festividades carnavalescas de Podence – Macedo de Cavaleiros".)
**(Lapadas - Vinho frisante ou gaseificado de Santa Marta de Penaguião das Caves Santa Marta, instaladas na Região Demarcada do Douro.)
***(lapada - em bom transmontano significa dar ou levar uma pedrada, ou uma bofetada, um pontapé...)
Vou continuar a convidar prazeirosamente os meus bons amigos para cá virem. Mas, na próxima jantarada, que tragam a comida, do vinho trato eu.
Desta vez trouxeram Lapadas**. O nome não me augurava nada de bom, uma lapada*** na minha terra, não é coisa boa para se oferecer a ninguém.
Não colocaria esta bebida na minha carta de vinhos, talvez na de refrigerantes. Seja como for, o nome, Lapadas**, percebe-se bem, depois de o beber. É de tombar, depois de uma lapada*** destas.
*("bicho careto" - expressão transmontana, aqui, significa qualquer um...
"Os Caretos, representam imagens diabólicas e misteriosas que todos os anos desde épocas que se perdem no tempo, saem à rua nas festividades carnavalescas de Podence – Macedo de Cavaleiros".)
**(Lapadas - Vinho frisante ou gaseificado de Santa Marta de Penaguião das Caves Santa Marta, instaladas na Região Demarcada do Douro.)
***(lapada - em bom transmontano significa dar ou levar uma pedrada, ou uma bofetada, um pontapé...)
01 maio 2008
12 + 12
Há dias (noites) em que não me apetece dormir.
Não são insónias.
Só não me apetece dormir.
Parece-me desperdício de tempo.
Ficava acordada, sempre. A bulir.
Não são insónias.
Só não me apetece dormir.
Parece-me desperdício de tempo.
Ficava acordada, sempre. A bulir.
28 abril 2008
Misturas saudáveis
Fiz Gelly Já (gelatina) de frutos dos bosques.
Passadas 3 horas está pronto, a comer.
Faço um chá de frutos silvestres.
Como a gelatina.
Bebo o chá.
A gelatina sabe a xarope.
O chá sabe a aspirina c.
É desta que me curo.
Passadas 3 horas está pronto, a comer.
Faço um chá de frutos silvestres.
Como a gelatina.
Bebo o chá.
A gelatina sabe a xarope.
O chá sabe a aspirina c.
É desta que me curo.
27 abril 2008
Silence Treatmente
Hoje.
Porque os piores defeitos podem dar jeito.
O melhor presente que posso dar (hoje) é o meu silêncio.
Porque os piores defeitos podem dar jeito.
O melhor presente que posso dar (hoje) é o meu silêncio.
27 Abril de 2001

O meu tempo não perde memória.
O meu tempo sabe as datas, só as datas, sem a noção do "se foi ontem" ou "se foi há anos".
O meu tempo lembra-se bem do "Café Aranha", passou a chamar-lhe assim, só porque tem caixilhos de madeira que, ainda hoje, parecem uma teia de aranha.
O meu tempo chegou a saber o nome, mas não interessava para nada, era o "Café Aranha" em Leça da Palmeira.
Gostava muito de lá ir, pelos peixes que fixavam a boca ao vidro do aquário, pela lareira no Inverno, pelo ambiente, pela companhia de sempre. Pelo "lugar marcado".
O meu tempo vai lá voltar. Num outro dia 27 de Abril. De um ano qualquer.
23 abril 2008
Temos homem!
19 abril 2008
Non sense...(8º)
Vamos para norte do Rio Cavado e levamos comida para três semanas. Só voltamos para as cegadas e para as festas da Nossa Senhora da Veiga.
18 abril 2008
Melros brancos e pessoas honestas
Tenho cá por minha ideia que, lido com dois tipos de pessoas ditas frontais.
Destas que dizem, que dizem tudo o que querem com frontalidade.
Ora desta gente que apregoa aos sete ventos que são frontais, divido-as em duas categorias:
As frontais honestas, as que dizem sem imposição e na maior parte das vezes com razão;
As frontais pela agressividade, dizem o que querem, a quem querem, e normalmente nem pensam no que dizem, querem impor. Levantam quase sempre o tom de voz, mesmo que alguém esteja a falar. Parecem ter um problema no aparelho auditivo que as impede de ouvir os outros enquanto decorre o acto de frontalidade.
Esta segunda espécie está em franca propagação.
Destas que dizem, que dizem tudo o que querem com frontalidade.
Ora desta gente que apregoa aos sete ventos que são frontais, divido-as em duas categorias:
As frontais honestas, as que dizem sem imposição e na maior parte das vezes com razão;
As frontais pela agressividade, dizem o que querem, a quem querem, e normalmente nem pensam no que dizem, querem impor. Levantam quase sempre o tom de voz, mesmo que alguém esteja a falar. Parecem ter um problema no aparelho auditivo que as impede de ouvir os outros enquanto decorre o acto de frontalidade.
Esta segunda espécie está em franca propagação.
16 abril 2008
O filme de todos os dias
Personagens: eu e o tipo do Mercedes;
Cenário: garagem:
Enredo: O meu carrinho e as minhas manobras; o carrão do vizinho e o dono que estaciona a metro e meio da parede; uma das colunas da garagem que poderia estar mais para a direita; pouco espaço, muitas manobras.
Antevejo o final: o meu carro, o carro do vizinho ou a coluna não permanecerão muito tempo na sua forma original.
Cenário: garagem:
Enredo: O meu carrinho e as minhas manobras; o carrão do vizinho e o dono que estaciona a metro e meio da parede; uma das colunas da garagem que poderia estar mais para a direita; pouco espaço, muitas manobras.
Antevejo o final: o meu carro, o carro do vizinho ou a coluna não permanecerão muito tempo na sua forma original.
15 abril 2008
Sol de trevoada
Raios me partissem todinha, se fizesse aquilo que sentia e não fiz, e não estaria aqui para contar história.
Fazer o que fiz, centenas de vezes, porque não fui capaz de me conter.
Ter dito mais do que disse e não ter falado tanto.
Ter ficado em vez de ter ido.
Ter vivido em ver de assistir.
Ter morto em vez de ferir.
Raios me partam todinha, se não faço aquilo que quero e posso, e não ficarei para contar mais nenhuma história.
Agora menos curiosa, chamemos-lhe curiosidade que é um sentimento infinitamente menor, deixo de querer saber. Faz-me bem não querer saber. Faz-me bem e faz-me melhor, não saber de todo.
Olho para o meu nariz, conto novamente as minhas sardas e reconcilio-me com elas, de vez.
Fazer o que fiz, centenas de vezes, porque não fui capaz de me conter.
Ter dito mais do que disse e não ter falado tanto.
Ter ficado em vez de ter ido.
Ter vivido em ver de assistir.
Ter morto em vez de ferir.
Raios me partam todinha, se não faço aquilo que quero e posso, e não ficarei para contar mais nenhuma história.
Agora menos curiosa, chamemos-lhe curiosidade que é um sentimento infinitamente menor, deixo de querer saber. Faz-me bem não querer saber. Faz-me bem e faz-me melhor, não saber de todo.
Olho para o meu nariz, conto novamente as minhas sardas e reconcilio-me com elas, de vez.
12 abril 2008
Coragem é de grandes homens e mulheres do mesmo tamanho
Bloqueaste o reflexo dos nossos rostos.
Para impedir que eu visse a vergonha estampada no teu.
Para não veres a desilusão tatuada no meu.
Para impedir que eu visse a vergonha estampada no teu.
Para não veres a desilusão tatuada no meu.
09 abril 2008
Tirar o cotão do umbigo
Parece-me a mim que, enquanto espiamos o que se passa na vida dos outros, não cuidamos da nossa.
É só uma impressão minha.
É só uma impressão minha.
06 abril 2008
My dresse code
Tinha o convite há semanas, festa em casa do S. Ontem.
Fui ameaçada caso faltasse. Recebi vária sms para não me esquecer e blá, blá, blá.
Não perco muito tempo a pensar no que vestir. Mas estive indecisa entre o vestido verde, mas fresco demais e não sou menina para grandes sacrifícios a favor da vestimenta, ou a simplicidade de uns jeans e a minha querida mini gabardina amarela (tenho que estar de pazes feitas comigo, para vestir esta peça). Opto pela segunda hipótese.
Entro em casa do S., sou saudada por sorrisos e algum alarido, ouvi qualquer coisa que me fez soar um alarmezito, mas a festa seguiu. Não demorei muito tempo a perceber o que estava “errado com os outros".
A festa tinha dress code, preto e branco. Boa! E eu cheiinha de cores.
Pus-me a observar a vestimenta do pessoal. Pensei cá com os meus botões (amarelos), «ainda bem que me esqueci deste pormenor do dress code, detestaria ter vindo de preto e branco».
Raras vezes de preto, poucas com branco, nunca preto e branco. Sou de cores.
Nunca fui ausência de cor, nunca fui a junção de todas as cores. Gosto de ser cada uma das cores.
Só praticamente no fim da festa é que se tocou no assunto. Acharam ter sido pura rebeldia. Não foi. E só não disse que acho ridículo o dresse code porque havia muita fêmea presente que, pelo aparato, estiveram horas para se vestir.
Fui ameaçada caso faltasse. Recebi vária sms para não me esquecer e blá, blá, blá.
Não perco muito tempo a pensar no que vestir. Mas estive indecisa entre o vestido verde, mas fresco demais e não sou menina para grandes sacrifícios a favor da vestimenta, ou a simplicidade de uns jeans e a minha querida mini gabardina amarela (tenho que estar de pazes feitas comigo, para vestir esta peça). Opto pela segunda hipótese.
Entro em casa do S., sou saudada por sorrisos e algum alarido, ouvi qualquer coisa que me fez soar um alarmezito, mas a festa seguiu. Não demorei muito tempo a perceber o que estava “errado com os outros".
A festa tinha dress code, preto e branco. Boa! E eu cheiinha de cores.
Pus-me a observar a vestimenta do pessoal. Pensei cá com os meus botões (amarelos), «ainda bem que me esqueci deste pormenor do dress code, detestaria ter vindo de preto e branco».
Raras vezes de preto, poucas com branco, nunca preto e branco. Sou de cores.
Nunca fui ausência de cor, nunca fui a junção de todas as cores. Gosto de ser cada uma das cores.
Só praticamente no fim da festa é que se tocou no assunto. Acharam ter sido pura rebeldia. Não foi. E só não disse que acho ridículo o dresse code porque havia muita fêmea presente que, pelo aparato, estiveram horas para se vestir.
Terapia pura
Aqui, a menina MC comprou uma mini estante no Ikea. Como é sabido, vem tudo em pecinhas para montar em casa. A MC, tem a mania que é capaz de fazer tudo sozinha. Coloca um tapete no chão, senta-se e desembrulha a mini estante. 30 pecinhas no total. Ainda ponderou e ficou por instantes a olhar.
Depois, a mania veio a si e lá deitou mãos à obra.
Uma hora e qualquer coisa depois, entre preguinhos, parafusos e as mãos a doer da força aplicada na chave de fendas, a obra estava perfeita.
Este momento de pura bricolage, surtiu um efeito extremamente terapêutico na MC.
No dia que me cansar de fazer o que faço hoje, vou para carpinteira.
Depois, a mania veio a si e lá deitou mãos à obra.
Uma hora e qualquer coisa depois, entre preguinhos, parafusos e as mãos a doer da força aplicada na chave de fendas, a obra estava perfeita.
Este momento de pura bricolage, surtiu um efeito extremamente terapêutico na MC.
No dia que me cansar de fazer o que faço hoje, vou para carpinteira.
03 abril 2008
Post parvo
Devo ser a única bloguer com e-mail IOL (parece um LOL, e sim é para rir);
Não vejo bem com óculos de sol, e depois dizem que sou antipática porque não cumprimento as pessoas, catano! Eu nem as vejo;
Hoje, na Mealhada, entrei num restaurante e pedi uma omelete. Um grupinho de "jovens machos" da mesa ao lado, gracejou «os leitões não põem ovos». Pois, não deve haver muita gente de fora, a querer outra coisa qualquer que não, o belo do leitão da Mealhada;
Pela quinquagésima vez, tento fazer arroz doce e não sai bem, para dizer a verdade, nem dá para comer;
O construtor do meu prédio é um homem lindíssimo. A puxar bem, até pode ter idade para ser meu pai. Sei lá, sempre tive esta queda para homens com aspecto madurinho.
Um post parvo, de um dia parvo.
Não vejo bem com óculos de sol, e depois dizem que sou antipática porque não cumprimento as pessoas, catano! Eu nem as vejo;
Hoje, na Mealhada, entrei num restaurante e pedi uma omelete. Um grupinho de "jovens machos" da mesa ao lado, gracejou «os leitões não põem ovos». Pois, não deve haver muita gente de fora, a querer outra coisa qualquer que não, o belo do leitão da Mealhada;
Pela quinquagésima vez, tento fazer arroz doce e não sai bem, para dizer a verdade, nem dá para comer;
O construtor do meu prédio é um homem lindíssimo. A puxar bem, até pode ter idade para ser meu pai. Sei lá, sempre tive esta queda para homens com aspecto madurinho.
Um post parvo, de um dia parvo.
02 abril 2008
"Mulher perfeita para mim"
Sendo um blog de homem e escancaradamente "futeboleiro", desconfiei do título:"...e é só assim que a quero...a minha Mulher Perfeita, não é perfeita... se algum dia encontrar a minha Mulher Perfeita, é porque tem defeitos, os defeitos que eu preciso que ela tenha, os defeitos que vou achar deliciosos, os defeitos que a fazem Perfeita para mim...".
E é com poucas palavras que se diz muito, são assim, Perfeitas as criaturas que acabamos por AMAR.
Cumprimentos ao Pedro
E é com poucas palavras que se diz muito, são assim, Perfeitas as criaturas que acabamos por AMAR.
Cumprimentos ao Pedro
"Nunca amei nenhuma mulher ao primeiro olhar"
Concordo com tudo, do princípio ao fim. Com a excepção de que, eu é mais homens (nunca amei nenhuma mulher, nem ao primeiro nem ao segundo olhar).
Eu até já o
ameacei, mas continua a escrever coisas destas.
"se o amor irrompe põe-se termo à amizade, se o amor finda, em igual medida, se termina uma amizade."
AMAR. E não, formas de amor. Este título já é meu, para justificar o que escrevo, menos à bruta.
Concordo se estivermos a falar disto:
Perde-se o amigo quando se começa a AMAR, sozinho e não silenciosamente.
Ou
Se continua a AMAR, sozinho e aqui, até poderá ser silenciosamente.
Não, não há lugar para amizade. Porque em nenhuma das situações vamos querer sucedâneos do AMAR, ou simples manifestações de amor, como a amizade.
Na linguagem dos afectos (de alguns) a missão da escrita é mais penosa, mas não me coíbo de escrever:
Amei com tudo o que tinha para amar.
Amei até não caberes em ti.
Eras o meu melhor amigo.
Eras o meu melhor amante.
Desrespeitaste os dois.
Fico com saudades do primeiro.
Só perdoo o segundo.
(A esclarecer: Este post é apenas um comentário, a minha interpretação ao texto d´Ele. Acrescido de mais qualquer coisa, não tendo, o que aqui escrevo, rigorosamente nada a ver com o autor do blog "Gostar à Bruta")
Cumprimentos ao Ele
Eu até já o
ameacei, mas continua a escrever coisas destas.
"se o amor irrompe põe-se termo à amizade, se o amor finda, em igual medida, se termina uma amizade."
AMAR. E não, formas de amor. Este título já é meu, para justificar o que escrevo, menos à bruta.
Concordo se estivermos a falar disto:
Perde-se o amigo quando se começa a AMAR, sozinho e não silenciosamente.
Ou
Se continua a AMAR, sozinho e aqui, até poderá ser silenciosamente.
Não, não há lugar para amizade. Porque em nenhuma das situações vamos querer sucedâneos do AMAR, ou simples manifestações de amor, como a amizade.
Na linguagem dos afectos (de alguns) a missão da escrita é mais penosa, mas não me coíbo de escrever:
Amei com tudo o que tinha para amar.
Amei até não caberes em ti.
Eras o meu melhor amigo.
Eras o meu melhor amante.
Desrespeitaste os dois.
Fico com saudades do primeiro.
Só perdoo o segundo.
(A esclarecer: Este post é apenas um comentário, a minha interpretação ao texto d´Ele. Acrescido de mais qualquer coisa, não tendo, o que aqui escrevo, rigorosamente nada a ver com o autor do blog "Gostar à Bruta")
Cumprimentos ao Ele
01 abril 2008
Agora é, vício e mania
O café.
Sou cafeínodependente.
Hoje descobri a Gamm Vert, loja que comercializa plantas e animais.
O que é que isto tem a ver?
Tem um espaço gourmet, biológico. Depois de dar de caras com umas estantes cheias de compotas, especiarias, cafés, vinhos, cogumelos....já não vi mais nada.
Trouxe dois frascos de café aromático. Café com avelâ e café com caramelo.
Está aqui, ao meu lado, uma chávena de café acabadinha de fazer.
O cheiro invadiu a casa. Fabuloso.
Sou cafeínodependente.
Hoje descobri a Gamm Vert, loja que comercializa plantas e animais.
O que é que isto tem a ver?
Tem um espaço gourmet, biológico. Depois de dar de caras com umas estantes cheias de compotas, especiarias, cafés, vinhos, cogumelos....já não vi mais nada.
Trouxe dois frascos de café aromático. Café com avelâ e café com caramelo.
Está aqui, ao meu lado, uma chávena de café acabadinha de fazer.
O cheiro invadiu a casa. Fabuloso.
31 março 2008
Não é vício, é mania

Vou dar um pequeno grande jantar, lá para sexta-feira.
E qual foi a primeira compra que a MC fez?
Vinho.
Já avisei os convidados para não se atreverem a trazer-me vinho, desta vez.
Apetece-me muito este: Syrah 2004, da Casa Ermelinda Freitas.
Devo dizer apetece-me, mas a compra foi outra. Depois deste vinho ser premiado, para além de já não se encontrar com a mesma facilidade, o preço é a doer. E não gosto de comprar só uma garrafita.
Comprei um Syrah australiano, recomendado pela menina do El Corte Inglês, que afinal é uma engª agrónoma. Desconfio que ela percebeu exactamente o que eu queria. Mereceu crédito. A confirmar, lá para sexta.
30 março 2008
Venham elas

Tenho dois tipos de rugas, as da mágoa e as da felicidade.
As primeiras, alugaram um pequeno apartamento entre as minhas sobrancelhas. Como não pagam renda, estão sujeitas a serem despejadas a qualquer hora.
As segundas, compraram uma vivenda, da testa até ao queixo, como estão em mudanças, vão habitando aos poucos pequenos pedaços do rosto. Quero ter muitas destas. Vou deixá-las espalharem-se por todo o lado e fazerem grandes festas com os amigos.
29 março 2008
Confirma-se
Há pessoas que, dizem que gostavam de voltar atrás sabendo o que sabem hoje.
Eu só poderia voltar atrás se, não soubesse rigorosamente nada do que sei hoje. Tão pouco desconfiar.
(Isto de uma mulher ser desconfiada é como um diabo de saias).
No desconhecimento é-se mais feliz.
Eu só poderia voltar atrás se, não soubesse rigorosamente nada do que sei hoje. Tão pouco desconfiar.
(Isto de uma mulher ser desconfiada é como um diabo de saias).
No desconhecimento é-se mais feliz.
É capaz de ser mesmo verdade
Em criança, não tive varicela, nem sarampo, nem papeira, tão pouco apanhei piolhos.
O meu pai dizia que era ruindade “És tão ruim que nem doença nem piolho pára aí”.
Três décadas depois e ainda não apanhei nada disto.
Dizem que os pais têm sempre razão.
Terei que me manter fiel a mim.
Até porque qualquer descuido posso apanhar varicela ou piolho.
O meu pai dizia que era ruindade “És tão ruim que nem doença nem piolho pára aí”.
Três décadas depois e ainda não apanhei nada disto.
Dizem que os pais têm sempre razão.
Terei que me manter fiel a mim.
Até porque qualquer descuido posso apanhar varicela ou piolho.
Verdade
Vou arrepiar caminho.
A verdadeira ligação dos últimos três posts.
Tenho mau feitio. E nem é por defeito.
É como quem nasce com um sinal na testa.
A verdadeira ligação dos últimos três posts.
Tenho mau feitio. E nem é por defeito.
É como quem nasce com um sinal na testa.
Efeito espiral

Efeito Espiral, não me parece haver definição, mas também não me parece ter sido eu a inventar.
Este, faz uma pequena ponte entre os dois últimos posts.
Efeito Espiral: Começa tudo num pequeno ponto, um pequeno priproquo com alguém, algo que nos desagrada muito.
Tal como a espiral, o problema, vai crescendo em forma circular, anda ali à volta, vai ficando cada vez maior, o ponto centrífugo é sempre o mesmo, afasta-se cada vez mais do ponto inicial e Não Tem Retorno.
Se o efeito borboleta é para acções e acontecimentos, o efeito espiral é exclusivo a pessoas e comportamentos.
28 março 2008
Efeito borboleta
Sabes que, no instante imediatamente depois de teres feito algo, sentes que não haverá forma de voltar atrás. Já se perdeu. Já começou a morrer. Já se ganhou. Já nasceu. Bates uma asa e a outra responde. Já foste. Já deixaste. Já viraste costas. Vai passar-se tudo nas tuas costas, e quando estiver gigantesco atinge-te de frente.
(Efeito borboleta é um termo que se refere às condições iniciais dentro da teoria do caos. Este efeito foi analisado pela primeira vez em 1963 por Edward Lorenz. Segundo a teoria apresentada, o bater de asas de uma simples borboleta poderia influenciar o curso natural das coisas e, assim, talvez provocar um tufão do outro lado do mundo).
(Efeito borboleta é um termo que se refere às condições iniciais dentro da teoria do caos. Este efeito foi analisado pela primeira vez em 1963 por Edward Lorenz. Segundo a teoria apresentada, o bater de asas de uma simples borboleta poderia influenciar o curso natural das coisas e, assim, talvez provocar um tufão do outro lado do mundo).
27 março 2008
23 março 2008
TDM
À vinda passei pela tua terra. Lá, respirei fundo. Inspirei todo o ar que podia. Quando estiver contigo, a jeito de desculpa, beijo-te na boca e expiro todo este ar, digo que é para matares saudades da tua terra.
21 março 2008
Moral idiota
Ontem gamaram metade das antenas dos carros da empresa, de uma assentada só. Aparentemente fui a única a demonstrar pouca preocupação.
O chefe sempre disse, «tratem os carros como se fossem vossos».
Exacto, não me aborrece ficar sem antena.
Depois, vieram as conversas sobre quem ia comprar e quem ia roubar antenas a outros.
O melhor discurso, veio mesmo da I. que se fartou de dizer que jamais roubaria a outro… que ficaria com peso de consciência. Achei o discurso inflamado demais, provoquei, disse «na primeira oportunidade roubo uma…». A moça quase que me excomungava.
Hoje, metade dos colegas já tinham antenas (e não foram compradas), incluindo a I.
Ah! Valente!
O melhor disto é que o meu rádio funciona sem antena, na perfeição.
O chefe sempre disse, «tratem os carros como se fossem vossos».
Exacto, não me aborrece ficar sem antena.
Depois, vieram as conversas sobre quem ia comprar e quem ia roubar antenas a outros.
O melhor discurso, veio mesmo da I. que se fartou de dizer que jamais roubaria a outro… que ficaria com peso de consciência. Achei o discurso inflamado demais, provoquei, disse «na primeira oportunidade roubo uma…». A moça quase que me excomungava.
Hoje, metade dos colegas já tinham antenas (e não foram compradas), incluindo a I.
Ah! Valente!
O melhor disto é que o meu rádio funciona sem antena, na perfeição.
20 março 2008
Com (pressão)
Pressão para acordar;
Pressão para trabalhar;
Pressão para chegar a horas;
Pressão para sair e deixar tudo em ordem, Lá;
Pressão para não me esquecer de nada;
Pressão para vir para AQUI;
Pressão para dormir;
Pressão para acordar.
Estou a precisar de 48 horas non stop (se é que faz algum sentido) em silêncio absoluto, não ouvir ninguém nem falar, tão pouco para mim. 48 horas de suicídio social.
Pressão para trabalhar;
Pressão para chegar a horas;
Pressão para sair e deixar tudo em ordem, Lá;
Pressão para não me esquecer de nada;
Pressão para vir para AQUI;
Pressão para dormir;
Pressão para acordar.
Estou a precisar de 48 horas non stop (se é que faz algum sentido) em silêncio absoluto, não ouvir ninguém nem falar, tão pouco para mim. 48 horas de suicídio social.
15 março 2008
E a música pá?!!!!!!
Ouvi e li muito sobre o filme Into the Wild, sempre bem. Do filme. Sim é muito bom.
Valha-vos Cristo!
E a música?!
Logo que o filme começa, somos brindados por Eddie Vedder.
"The wild voice" in Into The Wild.
Brutal. A música. A voz. As letras.
Valha-vos Cristo!
E a música?!
Logo que o filme começa, somos brindados por Eddie Vedder.
"The wild voice" in Into The Wild.
Brutal. A música. A voz. As letras.
14 março 2008
12 março 2008
Elas ficaram um bocadinho incomodadas com o comentário, mas depois eu expliquei que era só por dentro.
E se um homem espalhar gel nas vossas maminhas, depois apalpar, amassar e no fim disser, com ar de perfeito conhecedor na matéria: «...huuumm... nada de especial», e nós ficamos contentes, isso é?
O resultado de uma ecografia mamária.
O resultado de uma ecografia mamária.
11 março 2008
Muito meu

Nunca te tratei por tu. De respeito e admiração incomensurável.
Se estivesse perto de ti, era eu que te abraçava. Mas nunca sou eu, és sempre tu.
Nenhum abraço será tão cheio de tudo como o teu. Um abraço que me encontra comigo na chegada. Que trago comigo na despedida.
Nenhum homem o poderá ser como Tu.
O Homem que vai ser sempre meu, comemora hoje mais um aniversário.
Parabéns. Pai. Muito meu. Pai.
10 março 2008
Vou achar um piadão quando começarem a descontar os cheques
Lembrei-me da conversa sobre os novos brinquedos, dos meninos de sempre. Sorri.
Vamos crescendo, mantendo a mesma vontade de sonhar e brincar. Sonhos mais altos, é certo. Brinquedos maiores, é certo. Os meninos de sempre.
Impressionante, se observados por outros “grandes”, como nós, enquanto brincamos, diriam «pareces uma menina a brincar com uma boneca nova». E sim, parecemos pequeninos outra vez, mas os brinquedos passam a ser outros, maiores. Xiça! Mais caros!
Vamos crescendo, mantendo a mesma vontade de sonhar e brincar. Sonhos mais altos, é certo. Brinquedos maiores, é certo. Os meninos de sempre.
Impressionante, se observados por outros “grandes”, como nós, enquanto brincamos, diriam «pareces uma menina a brincar com uma boneca nova». E sim, parecemos pequeninos outra vez, mas os brinquedos passam a ser outros, maiores. Xiça! Mais caros!
08 março 2008
Meu dia
Porque é que há o Dia da Mulher?
Porque homens, somos todos.
Mas só alguns usufruem do privilégio de: SER MULHER.
Porque homens, somos todos.
Mas só alguns usufruem do privilégio de: SER MULHER.
1000 X esta música p.f.
Ponham a tocar esta música em todas as suas versões.
Em tempos diferentes.
Em volumes diferentes.
De uma forma ensurdecedora.
Não se sobreporá à voz do que penso e sinto hoje.
E quando me calar, fico a ouvi-la, mil vezes até ela se calar.
06 março 2008
TPC
O Senhor da loja de electrodomésticos diz sabiamente que, a placa de indução consome metade da energia, que aquece primeiro o que está dentro dos tachos, que é extremamente fácil limpar (isto é música para os meus ouvidos), mas só funciona com a acção magnética dos tachos.
Não percebo quase nada de materiais ferrosos.
Munida de íman na mão, encostei-o a todos os cus disponíveis cá de casa para confirmar o dito poder magnético.
Das duas uma:
Compro uma placa normal, que até custa metade do preço e todos os tachos servirão;
Compro a famigerada placa de indução, dou uma pipa de massa e tenho que comprar um trem de cozinha especial de corrida.
Dito assim, a escolha nem me parece nada difícil.
Não percebo quase nada de materiais ferrosos.
Munida de íman na mão, encostei-o a todos os cus disponíveis cá de casa para confirmar o dito poder magnético.
Das duas uma:
Compro uma placa normal, que até custa metade do preço e todos os tachos servirão;
Compro a famigerada placa de indução, dou uma pipa de massa e tenho que comprar um trem de cozinha especial de corrida.
Dito assim, a escolha nem me parece nada difícil.
05 março 2008
Which is your word?
Gente a mais
Há pessoas que não nos ouvem.
Há aqueles que não nos percebem.
Há outros que não nos entendem.
Há aqueles que não nos percebem.
Há outros que não nos entendem.
03 março 2008
Merecido
27 fevereiro 2008
Se estiveres contente bate palmas
Há alturas em que se fazem planos.
Há momentos em que lhe damos vida.
Há dias pequeninos, para tanto.
Há dias cheios de coisas pequenas, muitas, boas.
Grandes dias.
Há momentos em que lhe damos vida.
Há dias pequeninos, para tanto.
Há dias cheios de coisas pequenas, muitas, boas.
Grandes dias.
25 fevereiro 2008
g-a-j-a-s p-u-t-a-s
Há gajas tão putas.
As putas das gajas que querem o que é nosso.
Só por brincadeira. Só porque não sabem o que fazem. Só para não perderem, não para ganhar. Querem o que é nosso, só porque é nosso.
Putas. Nunca perderei nada que seja meu. Disputo nesta puta de vida. Nunca com as putas da vida.
Putas que riem como hienas e trabalham como cigarras. Putas.
Hoje tropecei numa dessas, puta das grandes. Ela dirigiu-me uma espécie de sorriso. Eu não mexi um único músculo do meu corpo. As pupilas dos meus olhos chamaram-lhe puta cem vezes, a soletrar, sem pestanejar.
(O corrector ortográfico não identifica puta, nem no singular nem no plural. Claro, não fosse o corrector ortográfico do género masculino).
As putas das gajas que querem o que é nosso.
Só por brincadeira. Só porque não sabem o que fazem. Só para não perderem, não para ganhar. Querem o que é nosso, só porque é nosso.
Putas. Nunca perderei nada que seja meu. Disputo nesta puta de vida. Nunca com as putas da vida.
Putas que riem como hienas e trabalham como cigarras. Putas.
Hoje tropecei numa dessas, puta das grandes. Ela dirigiu-me uma espécie de sorriso. Eu não mexi um único músculo do meu corpo. As pupilas dos meus olhos chamaram-lhe puta cem vezes, a soletrar, sem pestanejar.
(O corrector ortográfico não identifica puta, nem no singular nem no plural. Claro, não fosse o corrector ortográfico do género masculino).
24 fevereiro 2008
Uma tarde fora do sofá
23 fevereiro 2008
Uma boa tarde de sofá
20 fevereiro 2008
Bifes clonados
A mana apresenta-me ao M.
Mana «Conheces a minha mana piquena?»
M. «Tua irmã?! Ela é tua irmã?!»
...
(Ora olha para mim, ora olha para a minha irmã)
...
M.«...não têm nada a ver!!!»
...
Olha e volta a olhar... e algum tempo depois.
...
M.« Espera! Afinal são iguaizinhas, só mudam as cores!»
A mais nova é uma versão policromática da mais velha.
Mana «Conheces a minha mana piquena?»
M. «Tua irmã?! Ela é tua irmã?!»
...
(Ora olha para mim, ora olha para a minha irmã)
...
M.«...não têm nada a ver!!!»
...
Olha e volta a olhar... e algum tempo depois.
...
M.« Espera! Afinal são iguaizinhas, só mudam as cores!»
A mais nova é uma versão policromática da mais velha.
19 fevereiro 2008
Pior a emenda que o soneto
Ando, desde Sábado, aqui, com uma dor na zona lombar do lado direito. Depois de muitos diagnósticos, sim, porque dentro de cada um de nós há um médico/orçamentista, sentenciaram-me (os mais próximos) uma grave infecção no rim direito. Passei estes 3 dias a imaginar o meu rim atrofiado e disforme num qualquer balde de restos, dum qualquer hospital, depois de extraído.
Hoje fui ao médico, médica no meu caso. «É a sua coluna», diz ela sapientemente.
Desta vez não prescreveu vitaminas (típico dela), mas sim e pasmem-se, 7 belas folhinhas cheias de cruzinhas, para TACs, RXs, ecografias e análises, no total de 21. «Aproveitamos e fazemos um check-up total» diz ela, entre outras considerações, despede-se com, «aproveita e marca também com a tua ginecologista...» Ai! Porra! Não te falta escarafunchar mais nada pois não? Pensei eu. Sorri em jeito de resposta. Pus-me a andar, as dores vieram comigo.
Hoje fui ao médico, médica no meu caso. «É a sua coluna», diz ela sapientemente.
Desta vez não prescreveu vitaminas (típico dela), mas sim e pasmem-se, 7 belas folhinhas cheias de cruzinhas, para TACs, RXs, ecografias e análises, no total de 21. «Aproveitamos e fazemos um check-up total» diz ela, entre outras considerações, despede-se com, «aproveita e marca também com a tua ginecologista...» Ai! Porra! Não te falta escarafunchar mais nada pois não? Pensei eu. Sorri em jeito de resposta. Pus-me a andar, as dores vieram comigo.
17 fevereiro 2008
Só não é sozinha
No texto anterior escrevo a palavra "só", devo corrigir para sozinha. O estar só não é a mesma coisa que estar sozinha. Estar sozinha, que neste caso é agir sozinha, pode ser uma consequência, condicionante ou opção.
Mas não estou só, existe a família e os amigos, apesar de longe, não me fazem sentir só.
Mas não estou só, existe a família e os amigos, apesar de longe, não me fazem sentir só.
16 fevereiro 2008
Do medo que nos tolhe

Há pequenas, grandes, fases da vida em que não resta nada senão pular, em frente.
Este é um dos casos, onde a minha máxima capacidade vai coincidir com a minha máxima fragilidade.
Assumo, confesso, tenho a mania, o vício, o defeito, o feitio de fazer e agir, só. Sem prévias considerações de terceiros. Tornou-se um hábito. Demasiado meu. Já sou demasiado eu.
E sim, é do medo que me tolhe, o mesmo que me move.
15 fevereiro 2008
Simplesmente
Não poderia ser outra coisa que não, o meu género, o feminino.
O ser mulher.
Mulher única.
Somos todas.
Eu gosto muito de ser mulher.
Gosto desta condição.
Gosto do nosso mundo.
Cheio de segredos e secretas vontades, de manhas e manias.
E de privilégios únicos, destes cheios de poder, deste que usufruímos todos os dias.
Dias cheios de ritos e rituais, tão nossos.
Só nossos.
Nossas, as malas e saquinhos, caixas e livrinhos, cheios de vida nossa.
E da história pequenina que escrevemos uns com os outros, também há os homens.
Ah! Criatura magnífica.
Gosto de ser mulher.
Gosto de gostar de o ser.
Incontornável é, o gostar de gostar de homens.
O ser mulher.
Mulher única.
Somos todas.
Eu gosto muito de ser mulher.
Gosto desta condição.
Gosto do nosso mundo.
Cheio de segredos e secretas vontades, de manhas e manias.
E de privilégios únicos, destes cheios de poder, deste que usufruímos todos os dias.
Dias cheios de ritos e rituais, tão nossos.
Só nossos.
Nossas, as malas e saquinhos, caixas e livrinhos, cheios de vida nossa.
E da história pequenina que escrevemos uns com os outros, também há os homens.
Ah! Criatura magnífica.
Gosto de ser mulher.
Gosto de gostar de o ser.
Incontornável é, o gostar de gostar de homens.
14 fevereiro 2008
13 fevereiro 2008
Opinosa
Tenho cá por minha ideia, de que há homens que, na ausência de melhor para dar, compram presentes para oferecer. Assim como quem oferece, por oferecer, mas compram, estão a comprar.
Apanham, como quem não quer a coisa, os pontos fracos, o dos gostos (atente-se, podem ser pontos fortes) e toma lá, que sei que vais gostar. Oferecem livros, cds, flores, chocolates, colecções de dvd e outros mimos. Aparentemente gostam de dar e os ofertados, de receber, ficam assim comprados, endividados.
Esta, a espécie dos que estão sempre a oferecer, conquista e mantém um role de “amigos” deliciados pelo “generoso amigo”.
São tão pouco confiantes que, fazem-se acompanhar de prendinhas, porque acharão eles que a sua presença não basta para agradar e encher, como companhia. Fazem-no a homens e mulheres. Bem, no caso das mulheres incluem nas ofertas os jantares requintados, ou em restaurantes caros.
Faz-me lembrar uma frase lida algures: "Um homem tem que ter muita confiança em si próprio para levar uma mulher a um restaurante barato".
Apanham, como quem não quer a coisa, os pontos fracos, o dos gostos (atente-se, podem ser pontos fortes) e toma lá, que sei que vais gostar. Oferecem livros, cds, flores, chocolates, colecções de dvd e outros mimos. Aparentemente gostam de dar e os ofertados, de receber, ficam assim comprados, endividados.
Esta, a espécie dos que estão sempre a oferecer, conquista e mantém um role de “amigos” deliciados pelo “generoso amigo”.
São tão pouco confiantes que, fazem-se acompanhar de prendinhas, porque acharão eles que a sua presença não basta para agradar e encher, como companhia. Fazem-no a homens e mulheres. Bem, no caso das mulheres incluem nas ofertas os jantares requintados, ou em restaurantes caros.
Faz-me lembrar uma frase lida algures: "Um homem tem que ter muita confiança em si próprio para levar uma mulher a um restaurante barato".
10 fevereiro 2008
Amanhã
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